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Engenheiros sem emprego: mercado de trabalho depende de liberdade econômica
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O engenheiro eletricista Filipe Carneiro, de 38 anos, trabalhou por dez anos como superintendente em uma companhia de navegação do setor de petróleo no Rio. Com a marcha lenta da economia, a empresa começou a cortar cargos de chefia em janeiro. Carneiro foi um dosdispensados . Ele e a mulher, a advogada Gisele Brandão, agora só contam com o salário dela para pagar as contas. Com uma filha de 2 anos e a segunda prestes a nascer, fizeram um corte profundo nas despesas.

A situação do engenheiro, cuja profissão era das mais demandadas antes da crise , reflete a realidade de 1,4 milhão de brasileiros com ensino superior completo sem trabalho contabilizados no primeiro trimestre deste ano pela pesquisa Pnad Contínua , do IBGE, segundo reportagem do GLOBO deste domingo. Isso representa alta de 13% em apenas um ano. Nos três primeiros meses de 2018, o número foi de 1,23 milhão. O avanço da desocupação nesse segmento, geralmente mais protegido do desemprego que os menos escolarizados, contrasta com a queda de 1,8% no contingente total de desempregados no período.

— O tipo de emprego que tem sido gerado, responsável por alguma melhora no índice geral, em sua maioria não requer tanta qualificação — avalia Bruno Ottoni, pesquisador da consultoria iDados.

Se o desemprego atinge 13 milhões de brasileiros hoje, ainda temos o problema do subemprego. E gente com suposta qualificação que não encontra oportunidade. Essa é a realidade em países com baixa liberdade econômica, e isso ainda reflete o estrago causado pelos governos petistas. Mas serve de alerta para a esquerda, que repete que “educação” é uma espécie de panaceia para todos os problemas sociais. Balela!

Em Cuba há vários engenheiros taxistas ou universitárias prostitutas. Há diplomas, mas não há mercado de trabalho, por culpa do socialismo. Por isso é tão espantoso Juan Guaidó afirmar que o problema na Venezuela não foi ideológico: claro que foi! É esse o resultado inevitável dos meios socialistas.

De nada adianta investir em “educação”, ainda mais doutrinação disfarçada de ensino, se não houver trabalho. E este quem gera não é o estado, mas a iniciativa privada, num ambiente de livre concorrência, com estabilidade jurídica e macroeconômica. Ou seja, é a receita liberal que garante o melhor ambiente para os trabalhadores.

Formar médicos, engenheiros ou pior, sociólogos, antropólogos e psicólogos num país sem capitalismo dinâmico é inócuo, na melhor das hipóteses. Teremos vários indivíduos com diplomas fazendo Uber. Quer fomentar o mercado de trabalho, reduzir o desemprego para gente com baixa ou alta qualificação? Então o caminho é o liberalismo.

Rodrigo Constantino

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