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Marina Silva tem sido a maior favorecida pelas manifestações que tomaram as ruas do país. Por algum motivo que me escapa, ela é vista como alguém de fora do estabilshment político-partidário (volto a isso depois). Mas eis que havia um dos membros da Rede tomando partido justamente no lado negro dessas manifestações, i.e., nos atos de vandalismo. Eis um trecho da nota que o partido soltou:

“Em decorrência da investigação iniciada pela Polícia Federal sobre sua suposta participação nos atos de depredação do Itamaraty, Pedro Piccolo Contesini, membro da Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade, pediu nesta tarde o afastamento do cargo até que os fatos sejam apurados. A Executiva Nacional Provisória acata e respeita a decisão de Piccolo”.

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Faço um parêntese: eu sempre fico espantado com o uso abusivo do termo “suposto” e seus derivados na imprensa e em geral nos dias de hoje. O sociólogo em questão confessou sua participação! Não obstante, muitos insistem no uso do termo “suposto”, mesmo quando não há a menor sombra de dúvidas, só para preservar um clima de incerteza, de possibilidade de não ter acontecido o que aconteceu.

Voltemos à Marina Silva. Como exatamente ela pode ser vista como alguém tão diferente assim do meio político é algo realmente espantoso. É preciso lembrar que Marina teve três décadas de filiação ao PT, suficientes para manchar o currículo de qualquer ser humano, mesmo aquele com a mais ilibada fama. Afinal, não é novidade alguma o uso das práticas imorais do partido em sua busca pelo poder.

Relações com o jogo do bicho, parceria com ditadores comunistas, até mesmo afinidade e aproximação com terroristas e traficantes das FARC representam o histórico do PT desde muito tempo. A bandeira da ética sempre foi hipócrita, e está totalmente esgarçada pelas traças do poder.

Marina Silva resolveu sair do PT apenas quando seu espaço político estava prejudicado. Mas ela fez parte desse governo corrupto, ainda que não tenha praticado atos ilegais. Além disso, Marina mantém profunda admiração pelo partido e por diversos membros do partido. Um de seus gurus intelectuais é Leonardo Boff, da Teologia da Libertação, uma mistura tosca entre cristianismo e marxismo. Marina veste literalmente o boné da organização criminosa chamada MST. E por aí vai.

Em sua carta de despedida do PT, ela diz: “Hoje lhe comunico minha decisão de deixar o PT. É uma decisão que exigiu de mim coragem para sair daquela que foi até agora a minha casa política e pela qual tenho tanto respeito”. Pois bem: quem tem tanto respeito assim pelo PT, não merecerá jamais o meu respeito!

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Por essas e outras eu não fico espantado quando um bagre cai na Rede. Já não é o primeiro, e duvido que seja o último.