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Escola Sem Partido não é lei da mordaça, diz especialista em educação
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Começou uma intensa campanha de difamação na imprensa do Escola Sem Partido, tratado como censura, obscurantismo religioso ou coisa de reacionário fascista. Mas não é nada disso. O Movimento Escola sem Partido é uma organização de pais e estudantes contra o uso de ambientes educacionais para o proselitismo político, religioso e ideológico de qualquer natureza. O que o movimento defende é a garantia da pluralidade de visões. Quem diz não sou eu, nem o Miguel Nagib, da ONG Escola Sem Partido.

E sim a especialista em educação Ilona Becskeházy, que atua desde 1996 no desenho e implementação de projetos de educação. Ela é Mestre em Educação pela PUC-Rio, com bolsa Proex da Capes (2012/13) e bolsa Nota 10 Faperj (2013/14) e Doutoranda em Educação na USP. Atua como consultora e atualmente é colunista do boletim Missão Aluno da Rádio CBN e da Revista Gestão Educacional. Foi justamente no programa da CBN que ela explicou melhor o que é o Escola Sem Partido. Vale a pena escutar.

Ilona também publicou um texto em seu blog com suas descobertas acerca do movimento, que ela não conhecia. Diz ela:

Li praticamente todo o site e não vi ali nenhuma proposta de censura ou de cerceamento ao trabalho do professor ou de doutrinação de direita para escolas, professores ou alunos, como vem sendo acusado por algumas pessoas ou grupos. Pelo contrário, o que o Movimento defende é a garantia da pluralidade de visões a cerca de temas tratados em escolas e universidades.

[…]

Eles apresentam uma lista de 17 situações típicas de doutrinação ou de cerceamento da liberdade de expressão dos alunos, pelas quais uma pessoa pode identificar sutilezas da doutrinação. Fiz um exercício de memória e me senti representada, lembrando de situações pelas quais passei, em 10 delas.  Acho sim que o tema e o Movimento são assuntos relevantes no debate educacional no Brasil, que precisam ser levados a sério e ser melhor conhecidos por professores, pais e alunos, além dos agentes governamentais.

Ah, se todos os educadores, jornalistas e intelectuais se dispusessem a ler o conteúdo do projeto sem preconceito… O Brasil talvez tivesse salvação! A campanha de difamação, como disse, já começou e pesada. Vários textos foram publicados sobre o assunto, todos com viés ideológico e com um denominador comum: ninguém leu o projeto! Ou se leu, fingiu que não entendeu, pois pretende justamente preservar o modelo atual de doutrinação ideológica escancarada, com militantes partidários que se disfarçam de professores. Um crime contra as crianças e os jovens, que o Escola Sem Partido pretende impedir.

Parabéns por ir pesquisar antes de falar sobre o projeto, Ilona. Que os outros interessados no assunto façam o mesmo. Em breve teremos um livro, eu e Nagib, pela editora Record, sobre o tema, tão relevante para o futuro de nosso país.

Rodrigo Constantino

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