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Frases em homenagem ao aniversário de Nelson Rodrigues
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Ele foi um dos observadores mais argutos da natureza humana e da alma brasileira. Cronista, dramaturgo, “psicólogo” por vocação, era odiado pela “festiva”, como chamava a esquerda caviar de sua época. Hoje, até a comunista-guerrilheira Dilma usa suas frases em citações. Falo, claro, de Nelson Rodrigues, cujas crônicas são não só deliciosas, como sempre atuais, mesmo (ou principalmente) aquelas escritas nos anos 1960.

Nasceu em Recife, Pernambuco, no dia 23 de agosto de 1912. Em sua homenagem, algumas frases pinçadas que não perdem seu poder de síntese e sua atualidade:

“Como é antigo o passado recente!”

“E assim desponta nas esquerdas brasileiras um tipo único, inédito, empolgante de cretino. É o débil mental por simples pose ideológica; e o sujeito se põe a babar na gravata, achando que só assim serve ao socialismo.”

“Tenho medo das pessoas que vivem de certezas. […] Não sei como um espírito sem dúvidas não trata de providenciar e, em último caso, de inventar dúvidas urgentes e esplêndidas.”

“Só o profeta, com sua espantosa vidência, olha o óbvio e diz: ‘Ali está o óbvio.’ […] É o que se dá, por exemplo, com essa colossal impostura que é o socialismo.”

“E eu posso dizer, sem nenhuma pose, que, para a minha sensibilidade autoral, a verdadeira apoteose é a vaia.”

“A meu ver, nunca optamos tão pouco. Somos pré-fabricados. É difícil para o homem moderno ousar um movimento próprio. Nossa vida é a soma de ideias feitas, de frases feitas, de sentimentos feitos, de atos feitos, de ódios feitos, de angústia feita.”

“Antigamente, o idiota era o primeiro a saber-se idiota; e babava fisicamente na gravata. Não andava, como agora, em massas, unanimidades, maiorias, assembléias, etc. etc. Do berço ao túmulo, ele assumia a sua irresistível miserabilidade de idiota.”

“Repito que o socialismo é todo um processo de desumanização.”

“O brasileiro tem por hábito cochichar o elogio e berrar o insulto.”

“Daí o meu horror à medicina socializada. Vocês entendem? A socialização cria uma responsabilidade difusa, volatilizada, que não tem nome, nem cara, nem se individualiza nunca.”

“O socialista que se diz anti-stalinista é, na melhor das hipóteses, um cínico. Os habitantes do mundo socialista, por maior que seja o seu malabarismo, acabarão sempre nos braços de Stalin. Admito que, por um prodígio de boa-fé obtusa, alguém se iluda. Não importa. Ainda esse é stalinista, sem o saber.”

“Quem é a favor do mundo socialista, da Rússia, ou da China, ou de Cuba, é também a favor do Estado Assassino.”

Pois é. E pensar que hoje não faltam “defensores do Estado Assassino” usando o grande Nelson Rodrigues em suas falas, enquanto chamam os “reacionários” de radicais. Ora bolas! Nelson era o reacionário, pois, afinal, reagia contra tudo aquilo que não presta. E nós, que seguimos seus passos, continuamos fazendo a mesma coisa.

Enquanto houver gente como Nelson Rodrigues disposta a apontar para a hipocrisia dos canalhas, a esquerda caviar não terá vida fácil. Ou, por outra: não terá vida tão fácil, já que a “festiva” vive no bom e no melhor, só curtindo sua fortuna, muitas vezes obtida à custa da exploração da pobreza alheia. É o “pobrismo”, que no Brasil é uma fonte de renda e tanto para os abutres de plantão…

Rodrigo Constantini

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