Algumas das mais conceituadas universidades americanas vivem clima de luto pela vitória de Donald Trump. Aulas foram canceladas e provas, adiadas por causa do estado emocional de alunos e professores.
Em reação ao comportamento nos campi, dirigentes das universidades Harvard, Columbia, MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), Stanford e de Nova York (NYU) enviaram comunicados oferecendo ajuda.
Os emails, aos quais a Folha teve acesso, disponibilizam até serviços médico e psicológico para tratamento de ansiedade, raiva e tristeza.
“O clima está sombrio, parece que morreu uma avó querida de todos”, disse o estudante de administração pública de Harvard Paul Antonio Ochoa, 24, mexicano.
Em Cambridge, onde fica a instituição, 89,2% dos eleitores votaram na democrata Hillary Clinton.
Desde que Trump foi eleito, todas as aulas de Ochoa tiveram discussões sobre o assunto. E, com o apoio de Harvard, foram organizadas “sessões de cura”, para que todos expusessem sentimentos.
Na Columbia, em Nova York, desde quarta-feira (9) alunos e professores se abraçam e choram pelo campus e nas salas de aula. A reportagem presenciou cenas assim no Teachers College (escola de educação ligada à universidade). Alunos relataram o mesmo nas escolas de Artes, Direito, História, Ciências Sociais e Administração.
Antes de mais nada, pausa para risadas, gargalhadas: hahahahahahahahaha! Era por coisas assim que eu torcia por Trump. Pode ser mais patético do que isso? Essa notícia, essa reação, expõe mais dos tempos modernos do que eu poderia explicar em um livro! Pensem nos “estudantes” das nossas universidades cariocas chorando pela derrota de Freixo. É a mesma coisa!
O primeiro ponto a destacar é o mimimi: são um bando de chorões esses alunos de hoje. Acham-se muito politizados, “conscientes”, mas não passam de bebês chorões, burgueses mimados, com iPhones pagos pelo papai enquanto lutam para “salvar o mundo” em vez de arrumar o quarto e estudar de verdade. E sentem que se preocupam com os pobres só porque são de esquerda, os mesmos pobres que nunca viram na vida (pois não frequentam o Wal-Mart) e que… votaram em Trump!
São massas de manobra dos militantes disfarçados de professores, os radicais que tomaram conta dessas universidades, das “mais conceituadas”, verdadeiros antros de esquerdismo. Tanto que, nas primárias, nem era Hillary Clinton a queridinha, e sim Bernie Sanders, o comuna que passou a lua de mel na União Soviética e se recusava a criticar o regime venezuelano.
Foi-se o tempo em que havia um ambiente estimulante nas universidades, inclusive americanas, com pensamento livre, debates fervorosos, exposição ao contraditório. Hoje vige uma asfixia do politicamente correto, o pensamento único de esquerda, o duplo padrão hipócrita e seletivo, a revolução das “vítimas” e a marcha das “minorias oprimidas”.
Deu nisso: estão em “luto” pela vitória de Trump, desconsolados, arrasados, mimizentos clamando por seus “direitos”, jamais lembrando de seus deveres. E como os adultos, os professores reagem? Passando a mão em suas cabeças ocas, oferecendo consolo, “terapia”, “sessões de cura”, for Christ sake! É patético!
O que essa garotada precisa é de umas palmadas, de mais “não” de seus pais, de obrigações, como ajudar em casa e tirar notas boas, não de “sessões de cura” porque o presidente adversário do seu candidato venceu as eleições. O mundo perdeu o juízo! A imaturidade campeia, estimulada pelos próprios adultos, ou melhor, “adultescentes”.
Já fiquei várias vezes inclinado a seguir pela vida acadêmica. Adoro estudar, leio bastante, gosto de entrar em contato com ideias contrárias às minhas, e acho estimulante o ambiente intelectual, inclusive as provocações dos mais jovens. Gosto de aprender e de ensinar, enfim. Mas quando vejo esse tipo de coisa, fico convencido de que fiz a escolha certa ao me manter longe desse mundo.
O que pode ser estimulante num galalau que “estuda” em Stanford, Harvard ou Columbia, que custam aos seus pais uma fortuna de dezenas de milhares de dólares por ano, choramingar pelo resultado de uma eleição e ter como consolo aulas e provas canceladas, além de “sessões de terapia”? Acho que eu iria vomitar diante desse quadro patético, e mais revoltado ainda de não poder dar eu mesmo umas chineladas no marmanjo chorão…
Rodrigo Constantino