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Para a visita do presidente do Irã Hassan Rohani a Roma, todas as estátuas com nudez que estavam nos percursos feitos pela comitiva iraniana tiveram de ser cobertas como forma de respeito, informou nesta terça-feira a imprensa italiana. Rohani está fazendo uma turnê de quatro dias pela Itália e França com o objetivo de reconstruir as relações iranianas com o Ocidente e atrair investimentos para o Irã.

As imagens de tapumes brancos cobrindo as estátuas do museu que o presidente iraniano visitou estão hoje nos jornais locais. A decisão de ocultar as estátuas, acatada pelo gabinete do primeiro-ministro italiano, foi criticada por alguns políticos. Para o líder da Liga Norte, uma confederação de movimentos políticos autonomistas de centro-direita, cobrir parte da história da arte italiana é “coisa de loucos”.

De acordo com o jornal Il Messaggero, a delegação iraniana pediu que as Vênus desnudas e outras estátuas fossem cobertas por respeito a sua cultura, assim como também pediram uma mudança na “cenografia” da sala dos Museus Capitolinos, onde Rohani e o primeiro-ministro, Matteo Renzi, falaram com a imprensa após sua reunião. Segundo o jornal, a comitiva iraniana não gostaria que aparecesse a enorme escultura equestre em bronze de Marco Aurélio, uma das grandes joias do complexo de museus.

Eu vou te dizer uma coisa… é complicado! Em “respeito” ao líder iraniano uma ova! Isso é covardia, pura e simples! É uma mistura nefasta de interesses pelos petrodólares do regime do aiatolá com um multiculturalismo podre que vem enfraquecendo os pilares da civilização Ocidental, simplesmente a melhor e mais avançada de todas.

Qual será o próximo passo? Colocar burcas nas mulheres nas próximas visitas? Proibir saias para não “ofender” os malucos terroristas? Sim, o líder de centro-direita está coberto de razão: “é coisa de loucos”! De frouxos, covardes, medrosos, interesseiros, que vão, assim, minando o próprio legado ocidental. Tampa Michelangelo, pois ele é “ofensivo” demais para as almas sensíveis do Islã!

Que diferença para os que chamei de “soldados da civilização”, aqueles corajosos que enfrentaram os bárbaros nazistas para recuperar o tesouro de arte que havia sido confiscado, retratados em filme com George Clooney. Na ocasião, escrevi:

Aqueles bravos soldados da civilização estavam dispostos a morrer pela história ocidental, pelo que transcende o mero aqui e agora, pelas obras de arte eternizadas pelas mãos de gênios clássicos como Michelangelo, Vermeer e tantos outros. Vale a pena arriscar a vida para salvar A Madona de Bruges? A resposta vem do próprio líder da expedição, personagem de George Clooney: sim!

Pois é. Hoje, pelo visto, ninguém está disposto a lutar pelo legado da civilização ocidental. Preferimos cobrir as estátuas, para que os aiatolás iranianos fiquem satisfeitos. Essa postura covarde ainda vai destruir de vez com a civilização. Depois, quando restarem apenas os bárbaros, eis o que será feito com as obras de arte que representam nossa história:

“Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam”, já alertava Burke. Diante da “exigência” de cobrir as estátuas, o governo italiano deveria ter feito o contrário: exposto as mais ousadas em praça pública! Só assim mesmo para a turma de lá entender o recado. Mas não se fazem mais lideranças como antigamente. Não temos mais Reagan, Thatcher e João Paulo II para encarar a barbárie que ameaça nossa civilização. Essa turma deveria cobrir não as belas estátuas, mas seus rostos de vergonha!

Rodrigo Constantino

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