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O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira, 7, que a transição de poder no Brasil seguiu a Constituição e os procedimento legais estabelecidos e disse que seu governo vai trabalhar de perto com a administração do presidente Michel Temer. “O Brasil é e continuará a ser um dos parceiros mais próximos dos Estados Unidos na região, porque, entre democracias, as parcerias não são baseadas nas relações entre dois líderes, mas são baseadas no duradouro relacionamento entre os dois povos”.

A declaração foi a mais contundente manifestação de apoio ao impeachment e a Temer de um integrante do governo Barack Obama desde o afastamento definitivo de Dilma Rousseff, há uma semana. Ironicamente, Biden era uma das pessoas mais próximas da petista na gestão americana e representou seu país na posse da ex-presidente no ano passado.

Biden deu a declaração em discurso sobre as relações dos EUA com a região durante reunião anual do Banco de Desenvolvimento da América Latina, em Washington. “Não sou ingênuo em relação às complexidades dos desafios, que vão permanecer. No momento em que nos encontramos aqui hoje, estamos vendo grandes mudanças políticas acontecendo na região”, afirmou. 

“No Brasil, o povo, seguindo sua Constituição para navegar um momento econômico e político difícil, seguindo os procedimentos estabelecidos para tratar da transição de poder, fez exatamente isso”, disse em seu discurso.

E agora, petistas? Vão precisar incluir o governo Obama – logo ele! – nessa narrativa de golpe que criaram, mais fajuta do que uma nota de R$ 3. O camarada dos esquerdistas, o presidente mais bacana desde Jimmy Carter, o sujeito que levou tanta gente romântica (boboca?) às lágrimas quando foi eleito, para transformar “fundamentalmente” a América, atesta, por meio de seu vice-presidente, que tudo seguiu a Constituição no Brasil. Golpistas!

A menos, claro, que o próprio Biden esteja de olho num “golpe” parecido nos Estados Unidos. Esses vices… O problema é que falta tempo, pois Obama está no apagar das luzes de seu governo, tentando só nomear um juiz muçulmano para a Suprema Corte aos 45 minutos do segundo tempo. Está seguindo o compromisso de mudar fundamentalmente a América.

Mas divago. Só queria, aqui, destacar que até o companheiro Obama, aquele que acha Lula “o cara”, um ultra-progressista, não caiu nessa história de “golpe”, ao contrário de Maduro e Raúl Castro. Creio que o PT, para ter mais respaldo entre os idiotas úteis que frequentam o Fórum Social Mundial, terá mesmo de incluir o governo americano nessa conspiração global, e adotar o discurso chavista, cada vez mais patético, de que o Tio Sam quer derrubar os governos populares no continente.

Muito malvado esse Obama! Os americanos compram bilhões de dólares todo ano em petróleo dos venezuelanos, mas não suportam todas as “conquistas sociais” permitidas pelos governos bolivarianos. Sim, só pode ser isso: Obama é parte do golpe! O mundo todo, à exceção de Cuba e Venezuela, resolveu tirar do poder a esquerda latino-americana, pois essa elite branca insensível não tolera avanços sociais das minorias.

Agora podem servir o feno do dia para quem compra essa “tese”…

Rodrigo Constantino

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