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Hector Babenco: "O estado é o pior parceiro que um ser humano lúcido merece ter na vida"
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A entrevista com o premiado cineasta Hector Babenco no programa Roda Vida na última segunda trouxe boas surpresas. Para começo de conversa, sua saturação com o excesso de burocracia no setor. Os coordenadores do politburo que cuidam da cultura brasileira só liberam verbas para quem canta a mesma música que eles cantam.

Em seguida, perguntado sobre a suposta superioridade do cinema argentino frente ao brasileiro atualmente, Babenco disse que filmar na Argentina está mais barato, e que é preciso ter resposta do mercado, ou seja, é preciso atrair o público. A forma capitalista de ter que lucrar para sobreviver deixa os produtores mais aguçados, de olho na demanda.

Já no Brasil, há o “Bolsa Família” para todo o setor, sem critério algum, à exceção de quem critica o estado, que é barrado no baile. Babenco ainda aproveitou para defender as individualidades, negando a ideia de um voo comum latino-americano, defendido pelos ideólogos de esquerda. As diferenças importam!

httpv://youtu.be/5mUKeMdFpI4

No segundo bloco, Babenco afirma: “O estado é o pior parceiro que um ser humano lúcido merece ter na vida”.  Se o Brasil não tivesse um modelo o qual o estado é o vovô rico que resolve dar dinheiro aos netos, seria possível descobrir o que o público realmente gosta e fazer dinheiro com isso.

É preciso uma economia de mercado para o cinema fluir e crescer. Com o estado controlando tudo, o produtor vai ficando mais indolente, preguiçoso, não é cobrado como ocorre pelo público no livre mercado. Se o resultado tanto faz, o cineasta não liga muito, não tem a pressão de atender à demanda do público.

httpv://youtu.be/yl57FHBQCAY

Grata surpresa! Todos sabem disso, mas poucos têm a coragem e a independência para falar. A estatização da sétima arte transformou o cinema brasileiro em uma máquina de proselitismo ideológico ou de lixo financiado compulsoriamente pelo pagador de impostos.

O mecenas estatal cria dependência e corta o necessário elo entre cineasta e consumidor. Precisamos desestatizar nosso cinema. O problema é a choradeira da esquerda caviar, que aprendeu a mamar nas tetas estatais, muito mais fácil do que competir pelo público de verdade no livre mercado.

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