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Verissimo
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A esquerda não tem jeito mesmo. Como mostrou George Orwell em 1984, reescrever a História é a tara de todo governante autoritário – logo, todo esquerdista. Em sua coluna de hoje – e O GLOBO preserva colunistas que são um espanto! – Verissimo imagina como a História julgaria os acontecimentos de hoje com o distanciamento necessário para a isenção. E o que ele “imagina” (na verdade, tenta induzir) é algo totalmente sem pé nem cabeça, mas típico da esquerda mentirosa, a mesma que pinta comunistas como Dilma como “defensores da democracia”.

Para Verissimo, o PT corre o risco de se dar mal não porque foi o mais corrupto de todos, o mais cínico e mentiroso, o mais autoritário, o mais incompetente que destruiu a economia e voltou com a alta inflação e desemprego, nem por conta do petrolão, mensalão e alianças com ditadores. Eis o que explicaria a queda do PT: ser um partido com foco social que ama os mais pobres num país dominado por uma oligarquia conservadora preconceituosa e insensível. É sério! O sujeito escreveu isso mesmo! Não acredita? Leia:

— O que significou tudo aquilo?

— Foi o fim de uma ilusão. Pelo menos foi assim que eu cataloguei.

— Foi o fim da ilusão petista de mudar o Brasil?

— Mais, mais. Foi o fim da ilusão que qualquer governo com pretensões sociais poderia conviver, em qualquer lugar do mundo, com os donos do dinheiro e uma plutocracia conservadora, sem que cedo ou tarde houvesse um conflito, e uma tentativa de aniquilamento da discrepância. Um governo para os pobres, mais do que um incômodo político para o conservadorismo dominante, era um mau exemplo, uma ameaça inadmissível para a fortaleza do poder real. Era preciso acabar com a ameaça e jogar sal em cima. Era isso que estava acontecendo.

Como alguém consegue ser tão cara de pau, ter a desfaçatez de mentir de maneira tão deslavada? Mas Verissimo é o queridinho não do público, e sim dos próprios “jornalistas” de esquerda que abundam pela nossa imprensa. Goza de um espaço invejável para repetir tanta baboseira. Ah, mas é “simpático”, tem esse ar de bonachão, e por isso – e também por ser socialista – desfruta de um salvo-conduto para falar besteira e defender o indefensável.

Não, Verissimo, a História não vai julgar o presente dessa forma no futuro, nem mesmo com todo o esforço de esquerdistas como você. Eis como será o julgamento, de forma resumida:

Uma quadrilha se uniu em forma de partido e usou um discurso demagógico e populista para chegar ao poder. Uma vez lá, montou o maior esquema de corrupção da história, comprando todos que estavam à venda. Aparelhou a máquina inteira, aliou-se aos empreiteiros safados e adotou um projeto de poder permanente, o único que tinha. Para tanto, contou com artistas engajados e “intelectuais”, todos pendurados nas tetas estatais. Mentiu como nunca antes se mentiu, enquanto destruía a economia e a vida de milhões de brasileiros, principalmente os mais pobres. Desesperado quando a farsa ficou evidente, partiu para a narrativa pérfida de “golpe das elites” contra o governo “dos pobres”, discurso tão ridículo e patético que só mesmo “intelectuais” idiotas ou vendidos repetiam em suas colunas de jornal.

Fim da história. E da ilusão dos que acreditaram no socialismo, no PT e em Verissimo um dia. Eu, felizmente, nunca tive tal ilusão por saber bem quem eram, o que me poupou a desilusão, mas não o nojo pela espantosa canalhice. O PT e o socialismo foram decepções apenas para os “intelectuais” como Verissimo, que nem assim aceitam reconhecer o erro, precisando inventar desculpas esfarrapadas e conspirações patéticas.

Prepare-se para mais uma desilusão, Verissimo: a História saberá quem você foi e o que você defendeu. Não que seja um capítulo muito relevante. Haverá apenas uma notinha de rodapé, lembrando que Verissimo não foi nome apenas de um grande escritor gaúcho, autor de O Tempo e o Vento, mas também de seu filho, um escritor medíocre que fazia proselitismo ideológico e propaganda partidária de uma quadrilha nefasta, o que sem dúvida envergonharia o pai.

Rodrigo Constantino

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