A esquerda só lembra dos "índios" quando é para sua luta política.| Foto:

Que oportunistas safados, aproveitando-se do sentimento de culpa da elite, montaram um tremendo esquema de exploração indígena no país, isso qualquer pessoa minimamente atenta já percebeu. Os índios, ou muitas vezes “índios”, são apenas mascotes para a sensação de “pureza moral” dessa elite culpada, e massa de manobra para marginais encastelados em ONGs, que dominam cerca de 13% do território nacional com a desculpa de proteger as reservas indígenas.

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Os líderes andam de carrões importados, em conluio com os corruptos do governo, enquanto a imensa maioria de índios vive numa espécie de “favela rural”, o mesmo fenômeno dos assentamentos do MST e dos quilombolas. Tudo um esquema enorme de desvio de recursos, com muitos interesses em jogo, e pouca gente com coragem para desafiar a turma poderosa envolvida.

Na narrativa da esquerda, portanto, índio quer apito, ou seja, em nome do romantismo inspirado no “bom selvagem” de Rousseau, essa gente está disposta a condenar inúmeros seres humanos ao eterno atraso, miséria e incultura. Mas quando vamos escutar os próprios índios, a história é diferente. Índio quer, no fundo, aquilo que nós todos queremos: trabalho! Quer o direito de melhorar de vida, de participar do progresso capitalista, de aumentar sua expectativa de vida e a de seus filhos.

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A Funai está no epicentro de novas tensões agora, pois seu comando foi alterado com acusações de corrupção. Um militar assumiu a entidade. Há uma disputa entre os que desejam manter o status quo, prejudicial aos próprios índios, e os que querem romper esses grilhões, dando aos indígenas a oportunidade de trabalhar e prosperar. Vejam, por exemplo, a breve fala do deputado Valdir Colatto (PMDB-SC):

A indicação recentemente do advogado Ubiratran Maia para um cargo no Ministério da Justiça gerou forte reação, mostrando que a patota organizada não vai aceitar ninguém de fora com um discurso mais aberto:

O deputado ruralista Luís Carlos Heinze (PP-RS) enviou uma carta à presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) com a indicação do nome do advogado Ubiratan de Souza Maia, para ocupar o cargo de coordenador-geral de licenciamento da autarquia vinculada ao Ministério da Justiça.

A indicação foi enviada diretamente ao presidente da Funai, Antonio Fernandes Toninho Costa, no dia 20 de janeiro. No ofício, ao qual a reportagem teve acesso, Heinze, que em 2013 chegou a declarar que os índios e homossexuais fazem parte de “tudo que não presta”, afirma que Ubiratan tem origem indígena, da etnia wapichana, de Roraima, e que se identifica com “os melhores princípios que devem orientar um cidadão de bem”.

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Ubiratan de Souza Maia enfrenta extrema resistência de movimentos sociais e ambientais. Em abril do ano passado, em reunião da CPI da Funai, da qual Heinze foi vice-presidente, Ubiratan defendeu o arrendamento de terras indígenas para agricultores, o que é proibido por lei.

Arrendar as terras para ter uma renda extra? Não pode! Pecado mortal! Permitir a exploração conjunta com empresas do agronegócio, lembrando que estamos falando de 13% do território nacional? Criminosos! A única solução aceita pela esquerda é manter essa vasta área como uma espécie de “zoológico humano”, para que índios sejam mantidos reféns do atraso, massageando o ego da elite culpada e, claro, permitindo a exploração ilegal nas regiões. Alguns ganham muito com isso!

O leitor pode conhecer um pouco mais das ideias de Ubiratran Maia aqui. O título já mostra se tratar de alguém alinhado com o presente, disposto a trazer o povo indígena para o século XXI: “Empreendedorismo e propriedade: solução para o desenvolvimento indígena”. O subtítulo expõe o cerne da questão: Enquanto boa parte dos indígenas deseja trabalhar e progredir, outra parte é manipulada, sobretudo pela FUNAI, órgão governamental cuja atuação se tem caracterizado pelo incentivo à luta de classes, jogando comunidades indígenas contra produtores rurais. – A quem aproveita esse conflito?

Nessa reportagem, vemos como o advogado Ubiratran Maia tem ajudado os índios de sua tribo e outras a conhecer o progresso capitalista, com parcerias com multinacionais que poderão melhorar e muito a qualidade de vida desses povos. Eis um trecho:

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Atendendo a pedido do blog, Ubiratran explica em poucas linhas o que deseja para si e para seu povo indígena:

É chegado o tempo do desenvolvimento indígena, o modelo dos Estados Unidos ou o modelo canadense servem como referência para se alcançar o pleno desenvolvimento econômico e social das comunidades indígenas brasileiras. O governo do Presidente Michel Temer deve ser audacioso e não pode se acovardar diante de organismos internacionais que visam tão somente manter os índios num marasmo de miséria e o Brasil numa escala constante de subdesenvolvimento. As parcerias agropecuárias, a mineração em terras indígenas bem trabalhada, o turismo, parcerias em grande empreendimentos hidrelétricos bem como na exploração de petróleo, podem oportunizar arrecadação para o Brasil e uma efetiva melhora na qualidade de vida dos povos indígenas, tal desejo já está manifestado por muitas comunidades e povos indígenas Brasil afora. É necessário o governo Temer viabilizar as políticas necessárias e imprescindíveis para tanto.

Espero que o governo Temer tenha a coragem de comprar essa briga, em nome da justiça e do progresso. Enquanto a esquerda dos ambientalistas, quilombolas, invasores do MST e demais “movimentos sociais” enxerga nos índios apenas mascotes ou peões em seu jogo pérfido de exploração ilegal, há milhares de índios querendo trabalhar, melhorar de vida, ter acesso aos mesmos bens e conforto que temos.

Índio quer apito? Só na ilusão dos românticos ou no discurso cafajeste dos corruptos. Índio quer é trabalho!

Rodrigo Constantino

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