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Invasões de sem-teto atrasam entrega de casas populares e encarecem custo para "contribuinte"
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Guilherme Boulos, líder do MTST, ao lado de Dilma, do PT

Invasões de sem-teto emperraram a entrega de 1.427 moradias a famílias de baixa renda de São Paulo pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

As unidades foram invadidas em 2013, a dois meses de serem entregues, e destruídas quando os invasores foram retirados pela polícia.

Após serem depredadas e incendiadas, as habitações estão sendo reformadas e não há previsão de quando irão para seus verdadeiros donos. Ao todo, 1.858 unidades de oito condomínios foram invadidas na zona leste da capital em julho do ano passado e as chaves de apenas 431 delas foram entregues aos donos. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam a suspeita de formação de quadrilha na ação.

Na época das invasões, as unidades estavam prontas. Faltavam apenas ligações de água e esgoto para que pudessem ser habitadas pelas famílias que esperam há anos por uma moradia ou vivem em áreas de risco.

[…]

“Vai demorar mais para reformar do que para construir. Teremos de quebrar paredes para refazer fiações, trocar pisos. Vai dar um trabalhão”, disse um engenheiro da obra, que pediu anonimato.

A Caixa Econômica Federal disse que ainda não há estimativa de quanto vai gastar com as reformas dos apartamentos destruídos.

O que acrescentar? Há quem “pense” que o movimento sem-teto luta pelos interesses dos mais pobres. Há quem “pense” que Guilherme Boulos, o líder do MTST, quer realmente melhores moradias para os trabalhadores humildes. Tudo uma piada de mau gosto.

Funciona assim: o governo cobra altos impostos dos trabalhadores de classe média para oferecer casas populares para os mais pobres. No meio do caminho, há a cara burocracia, os políticos em busca de holofotes eleitorais, e malandros oportunistas que lideram uma massa de manobra para furar a fila de espera das casas.

De vez em quando, como podemos ver, esses malandros invadem e depredam as próprias casas populares, prejudicando justamente os mais pobres e os trabalhadores da classe média, que terão de pagar pelo conserto.

O mais triste de tudo é ver que esses invasores, em vez de acabarem presos, ganham até coluna no maior jornal do país, enquanto os artistas e “intelectuais” os chamam de “movimento social”. É dureza…

Rodrigo Constantino

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