Por Thiago Kistenmacher, para o Instituto Liberal
Ultimamente temos lido e ouvido coisas como: “Acho um absurdo que as emissoras não deem para as Paralimpíadas a mesma atenção que deram para as Olimpíadas.” E você dá? Duvido. Alguém pode argumentar: “Mas as emissoras não transmitem! Como vou assistir?” Este é o ponto.
A razão disso é fácil de ser diagnosticada: as emissoras de TV não transmitem as Paralimpíadas com a mesma proporção das Olimpíadas simplesmente porque a primeira desperta bem menos interesse do que a segunda. Eu sei que aos olhos dos politicamente corretos esta é uma afirmação “preconceituosa”. Mas não me importo com o que os politicamente corretos pensam. Eles são ridículos.
Se o indignado tiver acesso ao SPORTV e estiver realmente afim de apreciar a digna superação dos paratletas, basta mudar de canal. Mas ele dificilmente fará isso.
Além do mais, temos a internet. Não me embasei em nenhuma pesquisa, mas estou convencido de que até mesmo a busca pelas Paralimpíadas na internet é menor do que pelas Olimpíadas. Isto é, o problema não está no canal de televisão que não transmite, mas no débil interesse das pessoas.
Desta maneira, deixo uma frase de Ludwig von Mises para o indignado se lembrar cada vez que atacar as emissoras: “Não é porque existem destilarias que as pessoas bebem whisky; é porque as pessoas bebem whisky que existem destilarias.” E as emissoras sabem disso.
Os desafios pelos quais os paratletas passam não são para qualquer um. E só pelo fato de estarem nas Paralimpíadas merecem todos os louros. Mas sejamos honestos. A propósito, uma das maiores deficiências que temos hoje é essa tentativa de posar de bonzinho o tempo todo. Pior ainda quando a indignação vem do sujeito que, mesmo com acesso ao SPORTV, prefere a Netflix.
Nietzsche disse que ninguém mente tanto quanto o indignado, e aqui este pensamento se aplica perfeitamente.
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