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Ives Gandra está certo ao gritar: isso é golpe contra a democracia!
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O renomado advogado Ives Gandra da Silva Martins emprestou sua reputação e sua voz para gritar contra a mais ousada tentativa de golpe petista à democracia brasileira. Em artigo publicado hoje na Folha, ele fez um alerta tão enfático que precisou de letras garrafais, o que significa literalmente um brado na linguagem escrita, como todos os internautas sabem. Diz ele sobre o Decreto 8.243:

Como os conselhos e as comissões serão eleitos pelo “povo”, mas a eleição não é obrigatória e o “povo” dificilmente terá condições de dedicar-se em tempo integral, deixando trabalho ou ocupações diversas, para estar presente nessas “eleições”, serão os “amigos do rei” os beneficiados pelas indicações, que lá estarão presentes, num verdadeiro aparelhamento do Executivo e redução do Congresso Nacional à sua expressão nenhuma.

Por pior que seja, o Legislativo é eleito pelo povo. Nele está contida 100% da representação popular (situação e oposição). No atual Executivo, nem 50% do povo brasileiro está representado, pois a atual presidente teve que ir ao 2º turno para ganhar as eleições.

Em outras palavras, pretende o decreto que a autêntica representação popular de 140 milhões de brasileiros seja substituída por um punhado de pessoas, que passará a DEFINIR A POLÍTICA SOCIAL DE TODOS OS MINISTÉRIOS, INDICANDO AO EXECUTIVO COMO DEVE AGIR!

Está completamente certo. Quem tem tempo para viver de “manifestação” além da esquerda organizada e coaptada pelo poder? O povo precisa trabalhar. Quem pode se dar ao luxo de viver em assembleias “debatendo” são os militantes pagos dos tais “movimentos sociais”.

O único objetivo do PT com este decreto é colocar o Congresso de joelhos, tentar finalizar aquilo que o mensalão começara: controlar cada deputado e senador. O Brasil já tem um hiperpresidencialismo, com enormes poderes concentrados no Executivo. Mas o PT sempre quis muito mais desde que chegou ao poder. Quer controlar tudo!

Ives Gandra ainda tenta ser benevolente com a presidente Dilma:

Às vezes, tenho a impressão, com todo o respeito que tenho pela figura da presidente da República, que ela tem recaídas “guerrilheiras”. Talvez, a “devoção cívica” que demonstrou nutrir pelo sangrento ditador Fidel Castro – tão nítida no retrato exibido por todos os jornais, de sua recente visita a Cuba– a tenha levado a conceber e editar essa larga estrada para um regime antidemocrático. É que o decreto suprime as funções constitucionais do Parlamento e pretende introduzir entre nós o estilo bolivariano das Constituições da Venezuela, Bolívia ou Equador. Nelas, o Executivo e o “povo” são os verdadeiros poderes, sendo – é o que está naquelas leis maiores– o Legislativo, Judiciário e Ministério Público, poderes acólitos, vicários, secundários e sem maior expressão.

Já eu penso diferente. Não tenho a impressão de que Dilma ainda preserva o ranço autoritário da juventude comunista “às vezes”, mas sempre, e não posso dizer o mesmo que o respeitado advogado, que tenho respeito pela figura da presidente, pois respeito se conquista e se merece, ou não. Dilma jamais fez por merecer o meu.

Em suma, é sempre bom ter mais vozes de peso entoando o coro democrático contra a escancarada tentativa de golpe do PT. Que venham mais e mais vozes se unir neste retumbante brado em defesa da democracia!

PS: Ives Gandra já havia feito alerta semelhante no Programa do Jô sobre o PNDH-3, inclusive dando um “chega pra lá” no próprio Jô Soares, que se declarou um admirador do genocida Fidel Castro:

httpv://youtu.be/1tD3Y_TfjLw

Rodrigo Constantino

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