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Jornal transforma policial em bandido e bandido em vítima na manchete
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comentei aqui hoje sobre o caso absurdo de uma manchete do G1 (Globo) que transforma o ato de reação de um PM ao assalto em crime. Eis agora mais um caso esdrúxulo, do mesmo veículo, em que novamente a polícia é transformada em vilão na manchete, o que não condiz em absoluto com o teor da reportagem:

Um homem foi morto por um policial militar, dentro da própria casa, ao tentar defender o filho, suspeito de tráfico de drogas, em Santos, no litoral de São Paulo. O caso aconteceu na noite do último sábado (17). A corporação abriu um inquérito para investigar o caso. A vítima foi sepultada neste domingo (18).

Segundo informações da PM, uma equipe seguia para trabalhar no policiamento de um evento no Morro da Nova Cintra quando, ao passar pela Rua João Eboli, na Vila Mathias, avistou Weslley dos Santos, de 20 anos, junto com outro rapaz.

[…]

Na sequência, o policial entrou na casa e passou a bater à porta do quarto. Em dado momento, a porta abriu abruptamente e acertou a cabeça do policial. Wesley saiu do quarto com um pedaço de vidro, enquanto seu pai, Railton Alves dos Santos, de 44 anos, surgiu por trás com uma faca e atacou o agente, o ferindo no braço. O policial reagiu e baleou Railton no abdômen.

No imóvel, foram apreendidas duas porções de maconha e 33 pedras de crack. A ocorrência foi apresentada no Centro de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, e foi instaurado Inquérito Policial Militar e inquérito pela Polícia Civil, para a apuração dos fatos. Wesley foi preso em flagrante por tráfico de drogas e resistência à prisão.

Recapitulando: a polícia entra na casa para pegar o traficante, que reage, com ajuda do pai. Ambos atacam o policial. Na reação, ele mata o pai do marginal, que era cúmplice no momento, ao partir para cima do policial com uma faca na mão. Havia muita droga na casa deles.

Mas o que o jornal resolve destacar disso tudo? Que um pai, atenção, um pai (qualquer pai?) morre baleado pela PM dentro da própria casa, ao defender seu filho! Ou seja, praticamente um herói assassinado friamente por um policial claramente fascista.

Até quando a mídia vai insistir nessa campanha de difamação da polícia para poupar marginais? Será que esses jornalistas não se deram conta de que existem as redes sociais?

Rodrigo Constantino

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