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Juliane, presente! Ou: Por que a esquerda não se comove com sumiço de mulher, negra e homossexual?
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Marielle Franco, como sabemos, foi canonizada pela esquerda, com forte ajuda da mídia. Numa campanha milionária, com participação de inúmeros artistas e comentários até do bilionário George Soros, houve uma mobilização sem igual na cobrança por respostas sobre o bárbaro assassinato da vereadora do PSOL. Sua condição de mulher, negra e homossexual foi realçada por todos. Mas, no fundo, o que realmente pegou foi outra coisa: ela era de esquerda.

Já Juliane Duarte, que também é (ou era) mulher, negra e homossexual, não merece uma só menção por parte dos ilustres socialistas. O motivo? Ela é (ou era) uma policial, que combatia os criminosos, ou seja, aqueles normalmente defendidos pela esquerda radical. Ela está desaparecida, os relatos apontam para execução, mas Juliane não serve à causa socialista, não encaixa bem na narrativa da esquerda, e por isso segue ignorada. Eis a notícia que parece não sensibilizar a turma engajada:

A Polícia Militar de São Paulo realiza operação na manhã desta segunda-feira (6) em busca da PM Juliane dos Santos Duarte, vista pela última vez na quarta-feira (1°), em Paraisópólis, na zona sul da capital paulista.

De acordo com Antônio Sucupira, delegado responsável pelas investigações do 89° DP (Portal do Morumbi), imagens de câmera de segurança mostram um homem deixando a motocicleta da PM numa rua próxima à praça Panamericana, na zona oeste de São Paulo, na quinta-feira (2). A polícia identificou este homem, suspeito de envolvimento com o desaparecimento de Juliane.

A informação sobre o nome do suspeito veio através de uma denúncia anônima recebida por agentes de outro distrito policial e repassadas à equipe coordenada por Sucupira. Dez viaturas foram até o local que teria sido apontado na denúnia anônima, mas a pessoa não foi localizada até o momento.

“A equipe chegou ao local, mas ele não estava”, afirmou Sucupira. De acordo com o delegado, só hoje a polícia recebeu quatro denúncias de moradores de Paraisópolis sobre o caso. “As pessoas estão colaborando muito e passando todas as informações.” O nome do suspeito é mantido sob segredo para não prejudicar as investigações.

Por volta das 12 horas da quinta-feira (3), o desaparecimento de Juliane foi registrado por um casal no 89º DP (Morumbi). Juliane teria ido à casa de amigos na quarta-feira (2) e, segundo testemunhas, teria ficado o dia todo lá. Mais duas amigas teriam chegado a residência e quando a bebida terminou todos foram a uma outra casa.

Dessa segunda casa, também na companhia de duas amigas, Juliane foi para o bar de Paraisópolis para continuar a comemoração. De acordo com Sucupira, Juliane teria ido ao banheiro e quando voltou percebeu uma movimentação na mesa. Na ocasião, um celular de um rapaz que também estava na mesa teria sido furtado.

Às 4 horas da madrugada de quinta-feira, Juliane teria, então, sacado a arma e se identificado como policial, questionando se alguém teria pego o celular. “Depois que ela sacou a arma, surgiram quatro indivíduos perguntando quem era policial e a identificaram”, afirma o delegado.

Ainda segundo as testemunhas ouvidas pela polícia, próximo ao bar teriam ocorrido dois disparos que teriam atingido Juliane. “Só poderemos saber se ela foi atingida e por quantos tiros depois que encontrarmos o corpo”, diz Sucupira.

Ou seja, Juliane era uma heroína que, mesmo ganhando mal, arriscada sua vida para enfrentar marginais e defender a população. Sacou sua arma quando soube de um possível roubo, e pagou com sua vida por esse ato de heroísmo. Poderia ter ficado quieta. Poderia ter feito um discurso de como o “sistema” é injusto. Poderia ter citado a “filósofa” Márcia Tiburi, candidata ao governo do Rio pelo PT, para explicar a “lógica do assalto”. Poderia ter escrito textão no Facebook sobre como os criminosos são “vítimas da sociedade”.

Mas ela não fez nada disso. Ela tentou exercer sua função, impor o cumprimento da lei, proteger a propriedade de quem trabalhou por ela. E desapareceu, sendo provavelmente morta por marginais. Essa sequência de fatos não alimenta a narrativa esquerdista, e por isso Marielle Franco é endeusada, mesmo sendo vereadora de um partido que defende a ditadura venezuelana, enquanto Juliane Duarte será ignorada. A esquerda não liga se policiais morrem. Mesmo que seja mulher, negra e homossexual.

Rodrigo Constantino

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