• Carregando...
Mais de 8 mil prisões arbitrárias em Cuba só neste ano: onde está a turma dos Direitos Humanos?
| Foto:

As detenções arbitrárias por motivos políticos aumentaram mais de 50% em Cuba este ano, levando 8.525 dissidentes à prisão, a maior parte formada por mulheres. Cuba é a mais antiga e cruel ditadura do continente, cuja família Castro está no poder há mais de meio século, abusando dele de forma totalitária, prendendo ou fuzilando quem ousa discordar de suas práticas.

Para Berta Soler, líder do movimento Damas de Branco, a repressão na ilha recrudesceu. Alejandro Gonzáles Raga, diretor do Observatório Cubano de Direitos Humanos, diz: “Estas detenções vão contra os direitos de associação e manifestação. Elas acontecem, geralmente, na entrada ou saída da igreja ou no caminho de reuniões na casa de críticos do regime”.

Além das prisões, há outras formas de intimidação, como relata Soler: “Mas nem sempre somos presas. Às vezes somos levadas a lugares ermos. Ficam com nossa bolsa e nosso dinheiro, para que a volta a casa seja o mais difícil e demorada possível”. Ou seja, os agentes da ditadura agem como bandidos comuns, tentando intimidar as senhoras que querem simplesmente protestar contra o regime.

“Nada mudou. Vivemos num regime totalitário. A repressão voltou a piorar e o governo está infiltrando pessoas violentas em nossas reuniões para que haja a sensação de que somos nós, da sociedade civil, que estamos nos matando uns aos outros”, denuncia Berta.

Nada disso é novidade para quem conhece um mínimo de história. Cuba já eliminou milhares de pessoas inocentes para preservar sua ditadura, sem falar dos outros tantos que morreram tentando fugir de forma desesperada sobre qualquer coisa que flutuasse em meio a tubarões, para tentar chegar à costa da Flórida.

O que realmente chama a atenção nem é um país ainda manter um regime nefasto como esse em pleno século XXI. Outras ditaduras existem no mundo. O verdadeiro absurdo é a visão seletiva e hipócrita de muitos que alegam defender os direitos humanos, mas que fecham os olhos para todas as atrocidades cubanas, pois, afinal, trata-se de uma ditadura socialista.

Dilma afaga o assassino. Fonte: GLOBO

É o duplo padrão moral dessa gente que revolta. Cuba pode desrespeitar os direitos humanos, pois Fidel é “camarada”, fala em nome do “povo” e da “igualdade”, ainda que tenha criado um regime de castas na ilha, inclusive racial e sexual. As mitológicas “conquistas sociais” justificariam todos esses “abusos”, na ótica tacanha da esquerda retrógrada.

O silêncio que muitos “defensores” dos direitos humanos fazem em relação ao regime cubano anula qualquer possibilidade de serem levados a sério nos demais casos. A pequena nação judaica, em meio a vários terroristas que desejam destruí-la, é sempre alvo da fúria dessa turma, assim como os Estados Unidos, nação livre que tem garantido boa dose de liberdade no mundo.

Mas Cuba tem um salvo-conduto para fuzilar, prender, matar e até traficar drogas sob os cuidados diretos do regime. Quando o pessoal dos direitos humanos critica alguma coisa em Cuba, normalmente é em Guantánamo, o lado administrado pelo governo americano como prisão de terroristas. É muita cara de pau mesmo!

Quando alguém aparecer com o discurso dos direitos humanos para atacar alguma coisa de Israel ou dos Estados Unidos, recomendo ao leitor que pergunte, antes de iniciar um “debate”, o que o interlocutor pensa sobre Cuba. Se logo surgir um “mas” na frase, se houver um constrangedor silêncio, se as “conquistas” na educação e na saúde forem citadas, ou se a palavra “embargo” vier à tona, o leitor já saberá que está diante de um rematado hipócrita, que usa a desculpa dos direitos humanos para condenar democracias prósperas enquanto defende as piores tiranias do mundo.

PS: Quando “El Coma Andante” finalmente “bater as botas”, veremos uma comoção por parte de vários desses hipócritas no mundo todo. Será fácil identificar cada um dos safados que não ligam a mínima para o sofrimento dos inocentes ou para os direitos humanos, colocando a ideologia acima de tudo.

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]