• Carregando...
Marcelo Freixo só gosta de democracia popular quando lhe interessa
| Foto:

Acabo de responder algumas breves perguntas feitas por um jornalista da Folha que está trabalhando numa reportagem sobre a ascensão da direita no Brasil, com foco para os best-sellers da editora Record. Sobre o que catalisou isso, eu respondi: Acho que isso se deve a alguns fatores, entre eles a fadiga da esquerda no poder, com resultados bem ruins, a ascensão das redes sociais, que deram voz a um grupo que nunca teve representação política nas últimas décadas, ao fim dessa hegemonia cultural esquerdista, cuja hipocrisia ficou mais exposta agora.

Pois bem: as redes sociais realmente incomodam os esquerdistas, acostumados há tempo demais ao ambiente controlado e dominado dos grêmios estudantis ou da política nacional. A esquerda brasileira não está acostumada ao contraditório, aos que cobram coerência e lógica de suas bandeiras. Por isso entra em desespero com frequência nos ambientes virtuais, e passa a xingar seus adversários de “fascistas” e coisas do tipo, para fugir de um debate verdadeiro.

Querem ver um exemplo? Então olhem essa bordoada que Marcelo Freixo, do PSOL, levou do meu amigo Bene Barbosa em sua página do Facebook:

Freixo

O socialista veio todo empolgado com o plebiscito grego, repetindo a ladainha sensacionalista de que o povo desafiou os credores insensíveis (algo que só alguém muito ignorante ou com má-fé repete), e levou uma cacetada que o deixou sem rumo*. Não conseguiu anotar a placa do caminhão que o atropelou. Freixo respeita muito a “democracia popular”, a “escolha do povo”, desde que o resultado da votação lhe interesse. Se for contra sua visão socialista de mundo, aí não vale mais, é fruto de manipulação das elites golpistas, ou o povo não sabe o que quer e precisa dos “ungidos”, como ele, para guiá-lo.

Plebiscito com ampla vitória contra o desarmamento? Ignorado pelo “democrata”. Pesquisa de opinião com enorme vantagem para a redução da maioridade penal? Ignorada. Freixo é um “democrata” só por conveniência, só quando o povo coincide com sua escolha. Ele tolera toda escolha popular, desde que seja a seu favor. É como aquela tirada do Ford, alegando que o consumidor podia comprar qualquer cor de carro, desde que fosse preta. Não é um fofo?

Como Freixo tem pretensões políticas para a Prefeitura do meu Rio de Janeiro em 2016, acho que é importante resgatar aqui um podcast que gravei na outra eleição, explicando porque não fecho com Freixo:

httpv://youtu.be/oIFlvciq42o

* Neste momento, o post de Freixo conta com cerca de 1.200 curtidas, enquanto o comentário de Bene Barbosa tem mais de 8 mil likes. No próprio perfil do socialista, a democracia mostrou quem estava com a razão!

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]