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MBL foi escolhido como bode expiatório pela esquerda radical por conta de suas qualidades!
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É claro que não é garantido, mas as chances de você estar fazendo algo bom, decente e certo se começar a ser muito atacado por certos tipos, como petistas, “intelectuais” defensores da Venezuela e artistas engajados que gostam de bajular ditadores, são simplesmente enormes. E o MBL é um ótimo exemplo: virou o alvo preferido dessa turminha.

Como diz o jornalista José Fucs no Estadão, a garotada liberal está sendo atacada pela “máfia do dendê” (expressão fantástica de Lobão) não por seus eventuais defeitos, mas por suas qualidades. Como no escandaloso episódio em que, cruzes!, a rapaziada saiu em defesa das crianças, não dos pedófilos disfarçados de artistas. Fucs argumenta:

Não me considero moralista nem vou me estender aqui na discussão sobre a sexualidade e a agenda de igualdade de gênero que as esquerdas pretendem empurrar guela abaixo da sociedade, com apoio de veículos e empresas de comunicação considerados “burgueses”. Não é isso que está em jogo aqui.

Também não sou advogado do MBL nem tenho procuração para defender o movimento. Acredito que o grupo tem os seus problemas – afinal, quem não tem? – sobre os quais falarei logo mais. Agora, não dá para engolir impassível a narrativa da gauche tupiniquim, que pretende demonizar o MBL e promover o seu linchamento nas redes sociais, nos meios de comunicação, na academia e nos bares da vida, em especial na zona sul do Rio de Janeiro, onde fica o QG da galera.

Para cumprir seu objetivo de demonizar o MBL, óbvio que esse pessoal de extrema-esquerda não jogaria dentro das regras do jogo, respeitando aquelas coisas ultrapassadas da burguesia como ética e compromisso com os fatos. A narrativa criada para descrever o ocorrido foi completamente distorcida, e o MBL virou “censor de arte”, contra qualquer nudez num quadro.

Há, sério!, gente divulgando a estátua de Davi, feita por Michelangelo, como se estivesse confrontando o MBL: “Estão vendo, seus obscurantistas reacionários moralistas?! Isso é arte. E veja lá o pinto do moço, esculpido na pedra!” Claro, porque observar e admirar a estátua num museu é exatamente análogo a uma criança tocar num homem estranho nu. Mas o abismo que separa as duas ações sequer é apreendido pelos “iluminados”. Fucs elabora o ponto:

Mas, ao contrário da narrativa propagada pelos velhos baianos, pelas esquerdas e por setores da mídia, o que aconteceu não foi uma “censura às artes” nem “coisa do MBL”. Foi, sim, o resultado da indignação da maioria silenciosa da sociedade, muitas vezes ignorada ou ridicularizada por uma parcela expressiva dos jornalistas e pelas esquerdas que se consideram “cool” e acreditam deter o monopólio da verdade.

O MBL pode até ter alavancado a reação popular contra as duas exposições. Mas, por mais força que ele tenha, com seu poder de mobilização e seu ativismo digital, seria uma tremenda sobrevalorização do grupo imaginar que nada disso teria acontecido se o MBL não existisse. Isso ficou claro com o singelo comentário de Dona Regina, uma senhora que participou há duas semanas de um quadro sobre o tema no programa de Fátima Bernardes, na Globo. “Eu não sou contra a arte. Mas e a criança?”, disse D.Regina, que poderia ser a avó de qualquer um de nós, ao comentar a performance do artista nu realizada no MAM. Com sua incômoda espontaneidade, ela deixou os apresentadores e os artistas convidados pelo programa numa situação difícil e virou meme na internet.

O MBL, é certo, criticou o uso de recursos públicos via Lei Rouanet na produção das duas exposições e defendeu o boicote às mostras para os seus 2,5 milhões de seguidores nas redes sociais. Também defendeu o boicote ao Santander, que patrocinava a exposição de Porto Alegre, e às empresas que apoiavam a exposição do MAM, em São Paulo, por parte de quem não concordava com presença de crianças nos dois eventos. Mas isso é parte do jogo democrático. Ou não?

É sim, mas quem disse que essa esquerda admiradora de Maduro liga para o “jogo democrático”? Quem disse que os “progressistas” convivem bem com o contraditório, com críticas, com pluralidade? A tolerância é só um discurso falso e vazio, assim como a diversidade. Palavras bonitas que eles usam para enganar os trouxas, acusando todos os outros de fascistas enquanto demonstram ser os verdadeiros fascistas.

O MBL é odiado porque ajudou a mobilizar as massas pelo impeachment, por defender bandeiras liberais como as privatizações, que dificultariam as mamatas dos vagabundos, e por expor com humor e embasamento a hipocrisia dos socialistas. O que eles querem é um pretexto para atacar o grupo, pois a baba de ódio já começa a escorrer naturalmente lá pela madrugada, aí quando o vermelho acorda, precisa extravasar, para não surtar.

O inimigo é o MBL porque o movimento liberal prega tudo aquilo oposto ao socialismo que esses artistas, “intelectuais” e sindicalistas mais amam. E faz isso com coragem, com inteligência, fornecendo a milhões de brasileiros o tão desejado, e por tanto tempo omisso, “outro lado” nessa “guerra de narrativas”. A esquerda radical reinou hegemônica por tempo demais. Acostumou-se mal, ficou mimada, mais intolerante do que o usual.

Como esses moleques ousam vir desafiar o império do trio Chico, Caetano e Gil? Como podem ridicularizar as inconsistências dos tropicalistas pendurados nas tetas da Lei Rouanet? Como aquele negro gay pode ser contra as cotas raciais e o movimento LGBT? Como puderam ajudar a interromper o governo petista, que estava lá, “de boas”, roubando tudo com os empreiteiros e destruindo a economia, causando desemprego? Quem eles pensam que são?! Em nome da democracia, da liberdade, do pluralismo de ideias e da tolerância, eles precisam ser calados!

Rodrigo Constantino

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