Republican U.S. presidential candidate Donald Trump speaks before introducing Indiana Governor Mike Pence as his vice presidential running mate in New York City, U.S., July 16, 2016. REUTERS/Carlo Allegri| Foto:

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, divulgou nesta terça (6) uma carta de apoio com a assinatura de 88 generais da reserva, numa resposta aos questionamentos sobre sua capacidade de ser o comandante-em-chefe dos Estados Unidos.

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A carta reforça a mensagem de Trump de que o poderio militar americano ficou mais fraco durante o governo de Barack Obama e que a candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, não tem credibilidade para chefiar as Forças Armadas.

“Nos últimos oito anos, as Forças Armadas americanas foram sujeitas a uma série de cortes de orçamento imprudentes e debilitadores, decisões políticas e operações de combate que deixaram os soberbos homens e mulheres de farda menos capazes de desempenhar suas missões vitais no futuro do que precisamos que eles sejam”, diz o manifesto.

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“Por este motivo, nós apoiamos Donald Trump e seu compromisso de reconstruir nossas Forças Armadas, proteger nossas fronteiras, derrotar nossos adversários islâmicos supremacistas e restaurar a lei e a ordem domesticamente. Exortamos nossos compatriotas americanos a fazerem o mesmo.”

A menção aos “supremacistas islâmicos” se encaixa no discurso de Trump que critica Obama e Hillary constantemente por não usarem o termo “terror islâmico radical” quando falam dos autores de atentados inspirados por fundamentalistas islâmicos. Obama já disse que não usa o termo “islã radical” para não dar legitimidade a líderes terroristas como os do Estado Islâmico.

A carta dos generais também inclui uma crítica a Hillary, considerada cúmplice de Obama no “esvaziamento” militar dos EUA. Hillary comandou a diplomacia de Obama em seu primeiro mandato como presidente (2009-2013).

Em Esquerda Caviar, defendi os “homens de farda” americanos, lembrando que, apesar de críticas legítimas, são os militares que preservam a liberdade nesta grande nação. A campanha da esquerda, porém, vem difamando os militares há décadas, pintando o passado americano como digno de vergonha em vez de orgulho, e recusando a visão de que há um papel excepcional a ser cumprido pelos Estados Unidos no mundo livre. Escrevi:

Obama disse que acredita no excepcionalismo americano tanto quanto o grego acredita no seu, ou seja, todos são especiais à sua maneira (o mesmo que dizer que ninguém o é). Na prática, rodou o mundo pedindo desculpas pelo passado americano.

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O patriotismo passou a ser visto como algo tacanho, ultrapassado, confundido com o nacionalismo boboca. O verdadeiro patriota, segundo a esquerda, é o dissidente, o traidor de guerra, não o soldado que luta pela pátria. Obama e seus camaradas da esquerda são “cidadãos do mundo”, como se não fosse possível se considerar um cidadão globalizado e, ao mesmo tempo, reconhecer a posição de destaque dos Estados Unidos nesse mundo, como locomotiva da liberdade. Ben Shapiro, em Bullies, resume a questão do ponto de vista dos americanos:

Se você acha que os Estados Unidos não devem desempenhar um papel de liderança no mundo, você não é um patriota. É simples assim. Patriotismo não exige que você acredite que a história americana está livre de erros. Isso seria leviano e sem sentido. Ele exige, no entanto, que você reconheça que a ideologia fundadora dos Estados Unidos é a melhor ideologia de governo na história da humanidade, que os militares dos Estados Unidos têm sido a grande força de luta pela liberdade na história do mundo, que não é preciso pedir desculpas pela América, mas lutar por ela.

A esquerda caviar pode não gostar, mas nem por isso deixa de ser verdade: os militares americanos têm atuado como a grande polícia do mundo, e esse papel tem um saldo bastante positivo para todos nós – ainda que tenha custado muito caro aos pagadores de impostos americanos. Querendo ou não, vivemos sob a Pax Americana, e o sucesso traz consigo um fardo. Os americanos souberam respeitar essa responsabilidade até agora. Se a paz dependesse dos discursos bonitos da esquerda ou da coragem e da determinação da ONU…

Pois é. Obama é só retórica, um típico representante da ONU, um Prêmio Nobel da Paz que pouco fez pela paz além de discursos bonitinhos. Na prática, enfraqueceu a força militar americana. A América precisa ser grande novamente…

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Rodrigo Constantino