Reinaldo Azevedo acha que é a direita moralista, que defende a Lava Jato com unhas e dentes e também Bolsonaro, que tem feito com que a esquerda em geral e Lula em particular possam renascer das cinzas. Em sua coluna de hoje na Folha, ele ataca esse “populismo de direita” e fala em “degeneração da Lava Jato”, dando a entender que o mais sábio a ser feito agora é aplaudir o governo Temer e não forçar tanto a barra no combate à corrupção. Diz ele:
A esquerda está, sim, combalida. Ocorre que a sobrevivência eleitoral daquilo que Lula representa depende menos das pantomimas da companheirada do que da espantosa combinação de ignorância e voluntarismo de correntes que se alinham à direita.
Algumas falhas de nossa formação se revelam de forma dramática. Temos autoproclamados liberais que se mostram incapazes de defender, num regime democrático, o Estado de Direito. Ao contrário: cedem ao alarido dos que querem enforcar o último deputado com a tripa do último senador. Se, na fantasia de esquerda, uma certa “elite” rapace responde por todos os males do Brasil e dos brasileiros, para essa direita tosca, o inimigo são os “políticos”.
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