Você acha que a propriedade privada, um dos pilares mais importantes do sucesso ocidental, seria bem protegida nos Estados Unidos, a nação que representa (ou representou) o farol dessa civilização capitalista. Mas você estaria enganado! Já foi o tempo. A esquerda vem crescendo há décadas por aqui, e se radicalizando. Não é “paranoia” da turma da Fox News: é um fato. E como evidência disso, basta ver a nova medida do governo de Nova York, terra dos “progressistas” e curral dos democratas.
O governador Andrew Cuomo, que disputa com o prefeito Bill de Blasio para ver quem é o mais “progressista”, simplesmente decidiu impor uma penalidade absurda (que pode chegar a $7.500) aos anúncios de aluguel por curta temporada, que possibilitam o funcionamento do Airbnb, uma espécie de Uber para alugueis de casas ou quartos, em vez de carros. O típico usuário do sistema ganha até $5.000 por ano, ou seja, a multa inviabiliza o modelo. O artigo no WSJ conclui:
Esta é uma restrição clássica do comércio, e mais odioso ainda é que vai machucar o povo que os democratas alegam defender. O Airbnb mostra que hosts em CEPs com a maior percentagem de nova-iorquinos negros ganharam $43 milhões de aluguel em 2015, e que mais de 21.000 millennials possuem uma propriedade no Airbnb. Progressistas de Nova York dizem amar o “homem simples”, mas eles adoram mais os doadores de grandes negócios.
Paulo Figueiredo também comentou a notícia:
Quem disse que não existe socialismo nos EUA?
Veja bem, mais de 95% dos alugueis do Airbnb em Nova York são indivíduos que alugam suas próprias residências como forma de renda. Você tem algum dinheiro, comprou uma propriedade e resolveu alugar para ganhar um dinheirinho. Ou tem um quarto extra e quer uma força no orçamento. Caso clássico de investimento em ativo real. Mas não – o Estado decidiu unilateralmente como as pessoas podem fazer uso das suas propriedades. E se isso soa muito parecido com socialismo, é porque é mesmo.
Não é preciso formação em economia para saber que isso vai derrubar o preço dos imóveis (empobrecendo poupadores) e disparar o preço das diárias hoteleiras, que já estão entre as mais caras do mundo. Hotéis mais caros significam também que menos pessoas tem condições de visitar a cidade. O turismo atrai 55 milhões de pessoas a Nova York que gastam algo como US$ 50 bilhões na cidade – mais ou menos a mesma coisa que todo o PIB do Uruguai. Em tempos de crescimento econômico magro, não é uma boa ideia prejudicar esse mercado.
No final das contas, é péssimo para as pessoas, mas ótimo para o lobby das cadeias hoteleiras. Esses são os democratas americanos, aqueles que se dizem eleitos para defender as minorias e os mais pobres, mas no fim das contas só fazem cagadas que favorecem o lobby dos mais ricos. Você já viu esse filme?
E ainda tem carioca votando em Marcelo Freixo…
A grande meta de todos os americanos decentes hoje é barrar o avanço desse esquerdismo “progressista” no país, para evitar que os Estados Unidos da América, outrora o líder do mundo livre, tornem-se apenas mais uma típica republiqueta latino-americana, onde os poderosos mandam, em conluio com os grandes empresários, e o povo otário paga a conta.
Capitalismo de compadres é a marca registrada do Partido Democrata de hoje, do casal Clinton. É isso que precisa ser derrotado, para o bem da liberdade, da América e do mundo todo.
Rodrigo Constantino
-
Lula emplaca reoneração nas empresas, mas enfrenta resistência das prefeituras
-
Quem é o brasileiro Michel Nisenbaum, morador de Israel que foi raptado e morto pelo Hamas
-
Tribunal máximo da ONU pressiona Israel a interromper operações em Rafah
-
Estratégias eleitorais: o que está em jogo em uma eventual filiação de Tarcísio ao PL
Inteligência americana pode ter colaborado com governo brasileiro em casos de censura no Brasil
Lula encontra brecha na catástrofe gaúcha e mira nas eleições de 2026
Barroso adota “política do pensamento” e reclama de liberdade de expressão na internet
Paulo Pimenta: O Salvador Apolítico das Enchentes no RS