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O filho feio do Ministério da Economia
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Por Bernardo Santoro, publicado pelo Instituto Liberal

Vejo com muita preocupação a decisão do Ministro Paulo Guedes em diminuir a alíquota do percentual compulsório sobre recursos depositados a prazo em bancos de 33% para 31%, e com tendência de diminuição ainda maior no futuro.

Um dos pilares do liberalismo econômico é a rigidez monetária. Reduzir o compulsório significa garantir aos bancos o direito de emprestar mais dinheiro, mas às custas da desvalorização da moeda, já que não há aumento da produtividade e da riqueza acompanhando esse fluxo de recursos e expansão da base monetária.

Ainda que, em curto prazo, possa haver aumento de investimentos e redução da taxa de juros, no longo prazo esse excesso de capital sem lastro material gera distorção da percepção do mercado e má alocação de recursos.

Essa medida do Governo, na prática a primeira medida anti-liberal que sai de dentro do Ministério da Economia de Guedes, não é saudável para o Brasil e pode gerar problemas monetários estruturais em um Real já desvalorizado em virtude da nossa péssima situação fiscal.

Que esse filho feio do Ministério seja filho único.

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