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O site Implicante lembrou de algo da maior importância esses dias:

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Até o presente momento, os Estados Unidos estão liderando o quadro de medalhas da Olimpíada Rio 2016. São 26 de ouro, 21 de prata e 23 de bronze. Logo após, vem a Grã-Bretanha com 16 de ouro, 16 de prata e 8 de bronze. A China está no terceiro lugar, seguida de Russia e Alemanha.

Pois aí vai uma “curiosidade” sobre os EUA que quase nunca se comenta na grande imprensa brasileira: eles não têm um Ministério do Esporte, nem qualquer órgão governamental se metendo nas atividades esportivas (que, portanto e por óbvio, ocorrem dentro da esfera empresarial privada).

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– Mas como então conseguem medalhas? – pergunta algum desavisado com a cabeça trabalhada no estatismo brasileiro. A resposta: eles conseguem tantas vitórias EXATAMENTE POR ISSO.

Sem tornar o esporte um refém de políticas públicas, bem como não havendo o escoamento de recursos para confederações pouco louváveis e políticos de toda sorte, tudo fica mais eficiente. Simples assim.

E não se trata, aliás, de uma vitória “de raspão”. Ao menos por enquanto, é um verdadeiro baile. O segundo colocado está BEM atrás.

Ah, já íamos esquecendo! O Brasil, que destina verdadeiras fortunas de dinheiro público ao esporte, está na vigésima oitava colocação, com 1 de ouro, 3 de prata e 4 de bronze.

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Pois é. Mas como explicar isso para as mentes escravas da ideologia estatizante em nosso país? Seus cérebros são deformados desde muito cedo. Começa nas escolas, segue nas universidades, e tudo alimentado pela imprensa. O típico brasileiro “pensa” sempre assim: se algo deve ser feito, então o instrumento só pode ser o estado!

Precisamos de melhor educação? Então mais estado! Precisamos de melhor saúde? Então mais estado! Queremos mais medalhas na Olimpíada? Falta investimento… estatal. Para quem tem apenas um martelo, tudo se parece com prego.

Ontem mesmo travei um “debate” com o tal de Mentor Neto, que até então não conhecia. Meu “colega” de revista (IstoÉ) resolveu me atacar por defender o liberalismo de forma “radical”, e para isso criou inúmeros espantalhos. Mas o que nos interessa aqui é a parte em que ele diz que falta estado no Brasil, ao menos nas áreas importantes como saúde e educação.

Não falta. Sobra! O problema é que sua gestão é corrupta, ineficiente, ideológica. Qual a “solução” proposta então? Ora, mais estado! Lá vai o prego…

Chama-se “monopólio dos fins nobres” essa tática. O sujeito quer defender um ponto de chegada, mas não quer debater de verdade como chegar lá. Quem não gostaria de melhor educação, saúde e atletas mais preparados? A questão que surge, ao menos para as pessoas sérias, é justamente essa: como?

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Os americanos, esses “otários”, mostram que não é preciso usar o estado para tudo, como “pensam” os brasileiros. A América é uma máquina de produzir talentos. Claro: aposta no mérito individual, eis sua cultura. Mas os “mentores” da vida dirão que não devemos copiar os americanos. Vamos criar nosso próprio modelo, com pitadas de tropicalismo utópico…

Resultado: no Brasil, somos coletivistas, achamos legal dar uma de “malandro”, desqualificamos os melhores, cultuamos a inveja e ainda achamos que tudo será resolvido depois pelo estado. É mole?

Só nos resta mesmo celebrar algumas poucas medalhas, a maioria obtida por atletas de alto rendimento treinados pelos militares, com disciplina, humildade e muita determinação. São as virtudes que o brasileiro “malandro” costuma rejeitar. Quem precisa delas quando se tem o maravilhoso estado, aquela abstração formada pelos péssimos políticos?

Funciona assim: na fantasia, o “estado” será o responsável por conquistar medalhas para o Brasil. Na prática, Leonardo Picciani é o ministro dos Esportes. E o estatista nem se dá conta de que uma coisa tem ligação com a outra. Se ao menos a “pessoa certa” estivesse no poder…

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Rodrigo Constantino