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O MST pertence ao museu. Ou: Quem ainda leva a sério essa "reforma agrária"?
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MST

A economia brasileira patina sem sair do lugar, apesar da elevada inflação. Se tem um setor responsável pelo pouco de crescimento que ainda temos, este é o agronegócio. Mas eis que, em pleno século 21, ainda tem uma turma que demoniza os “latifúndios” e clama por uma “reforma agrária” nos moldes socialistas. É espantoso, mas esta bandeira ainda conquista adeptos, e mereceu até um espaço no GLOBO de hoje.

Trata-se de um artigo de Alexandre Conceição, integrante da coordenação nacional do MST. Todos os chavões ultrapassados estão ali. O agronegócio é tratado como o grande inimigo do povo, enquanto os invasores de terras seriam seus salvadores. Claro, basta inverter o sinal que se chega à verdade. Eis o que diz o sujeito:

Nessas três décadas, através da luta organizada, mais de 350 mil famílias conquistaram o direito de plantar e produzir alimentos. Temos orgulho de ter alfabetizado mais de 50 mil pessoas, juntamente com a defesa intransigente para a permanência das escolas do campo. Transformando o campo em um lugar digno, acreditamos que contribuímos para transformar também a desigual sociedade brasileira, combatendo a fome e a miséria.

A realidade é um tanto distinta dessa versão. Os assentamentos são verdadeiras favelas rurais, incapazes de manter sequer a autossuficiência dos produtores sem subsídios estatais. Muitos “camponeses” não passam de oportunistas do meio urbano seduzidos pela chance de ganhar uma terra grátis e depois revendê-la. O que o cara de pau chama de educação é pura doutrinação criminosa, como podemos ver nesse vídeo abaixo:

httpv://youtu.be/YjGT556cGlg

Mas ele continua:

Porém, novos desafios se colocam para a agricultura brasileira. A hegemonia de empresas transnacionais, associadas ao capital financeiro, não apenas tem desnacionalizado a propriedade da terra e das empresas agrícolas, como altera significativamente a configuração do meio rural.

Pergunto-me, bastante incrédulo por já saber a resposta: ainda tem otário que cai nesse discurso? Então a Cargill ou a Monsanto trazerem capital e empregarem trabalhadores brasileiros para expandir nossas exportações e aumentar a entrada de divisas no país é algo… condenável, prejudicial? Só se for aos malandros que querem mamar em tetas estatais e impedir a concorrência.

Aqui a estupidez econômica chega a patamares assustadores:

A perversidade deste modelo chamado de “agronegócio” está no abandono da produção de alimentos, utilizando os bens da natureza para a produção de combustíveis e celulose. De 1990 para 2011, por exemplo, as áreas plantadas com alimentos como o arroz, feijão, mandioca e trigo declinaram, respectivamente, 31%, 26%, 11% e 35%. Já as áreas plantadas de cana e soja, aumentaram 122% e 107%. O impacto disso se reflete no aumento da importação de alimentos — nossos feijão e arroz vêm da China.

Como é “perverso” esse modelo que exporta mais de R$ 100 bilhões por ano!!! O rapaz, preso no século 18, ainda acredita em um modelo de autossuficiência, fechado para a globalização. Deve adorar o resultado da Coreia do Norte. E não deve condenar o embargo americano a Cuba, pois acha que praticar comércio com outros países é exploração…

Qual o problema de importar alimentos? Cingapura e Hong Kong importam quase tudo que é recurso natural, pois não possuem competitividade nestas áreas. São locais pobres, por acaso? O arroz chinês faz mal à saúde, por acaso? Que mal há em exportar soja e importar arroz? O militante do MST deveria ler Adam Smith e David Ricardo para evitar tanto constrangimento.

A Reforma Agrária Popular consiste na democratização da terra, prioriza a produção de alimentos saudáveis, através da agroecologia, procura desenvolver sistemas de agroindústrias no campo e sob o controle dos camponeses. Isso possibilita agregar valor aos produtos, gerando mais renda e novos postos de trabalho, sobretudo à juventude. Ainda, busca garantir condições e direitos básicos, como saúde, educação, acesso a tecnologias, cultura e lazer a toda a população do campo.

Para isso, conclamamos toda sociedade brasileira para lutar, construir a reforma agrária popular.

Nada mais falso! A “reforma agrária” nos moldes defendidos pelo MST consiste em pilhagem, invasão, ocupação, e prioriza a revolução socialista que estes dinossauros defendem. Onde estão os alimentos saudáveis que chegam nas casas dos milhões de brasileiros direto dos assentamentos do MST?

O artigo não passa de uma peça de propaganda enganosa. Essa “reforma agrária popular” é o caminho da desgraça, como fica claro no caso do Zimbábue de Robert Mugabe. Os Estados Unidos possuem apenas 3% da população no campo, mas estão entre os maiores produtores de grãos do mundo!

Chama-se tecnologia, capital, propriedade privada, livre mercado. Quem precisa de invasores de terra posando de salvadores da Pátria? A existência do MST, ainda com força e algum prestígio entre os incautos, é a maior prova de que o Brasil precisa evoluir muito e deixar para trás certas ideias totalmente ultrapassadas.

Rodrigo Constantino

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