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Para Greg, quem pichou isso é um jovem idealista, e o risco à democracia vem da polícia ao tentar impedir tal CRIME.
Para Greg, quem pichou isso é um jovem idealista, e o risco à democracia vem da polícia ao tentar impedir tal CRIME.| Foto:

Li a coluna de Gregorio Duvivier na Folha – sim, eu encaro até isso, e não é por masoquismo, mas como um antropólogo analisando uma tribo de selvagens, ou seja, pura curiosidade científica – na qual ele diz, atacando a própria Folha, que o risco de uma ditadura não vem dos black blocs, garotos “desarmados e espinhentos”, mas da reação a esses “anjinhos idealistas”. O risco de um regime nazista viria de Temer e da polícia, não de gente que “protesta” tacando coquetéis Molotov na polícia e desrespeitando a democracia.

Logo depois, vem a coluna de Luiz Felipe Pondé. É quase sempre uma refutação das baboseiras ditas pelo humorista da esquerda caviar. Não foi diferente hoje. Pondé fala dessa coisa de “pensamento crítico”, de “arte crítica”, de quem se julga muito crítico, mas, no fundo, é apenas um alienado preguiçoso, que não gosta de estudar e repete os slogans de seus professores marxistas. Exatamente a galerinha que vai nessas “manifestações” e é defendida pelo Greg, ele mesmo outro dessa tribo. Diz Pondé:

Eu vou dizer para você uma coisa: não conheço aluno mais fechado ao diálogo do que alunos que se consideram críticos. Ser “crítico” nesse caso, basicamente, significa falar mal do capitalismo, do patriarcalismo e dos EUA. Uma banalidade que se ensina em qualquer aula barata de filosofia e sociologia.

Mas uma coisa me chama a atenção nos tais jovens críticos: sua intolerância. Torquemada ficaria com complexo de inferioridade. Não conte com nenhuma autocrítica em gente crítica. Normalmente lê pouco, é afogado em certeza banais do tipo “o mundo seria melhor se fosse como eu descrevi em minha tese”, e tem pouco afeto pelo estudo profundo de qualquer coisa.

Aí vai uma característica chocante em gente crítica: não gosta de estudar de fato. Quando fala, fala a partir de uma posição inquestionável. Acho que o motivo dessa atitude é justamente aquele tipo de ignorância marcante em quem conhece pouco de qualquer coisa. Por isso, acho mais importante procurarmos levar um aluno a entender o que um texto quer dizer simplesmente e não levá-lo a ser “crítico”. Antes de tudo, podemos perguntar: crítico do que, se, normalmente, mesmo os professores não são críticos de nada a não ser daquilo de que não gostam?

Portanto temo pela educação, pela arte e pela cultura quando se busca formar críticos. O fetiche os leva ao gozo porque, usando essa palavra “crítica”, você pode dizer qualquer banalidade que ela soa ungida pelo véu da inteligência.

E eis a prova que ilustra o acerto de Pondé e o próprio Greg como ícone do que ele fala: vejam esse esquerdista anônimo, portanto covarde, ensinando a fazer coquetéis Molotov nas redes sociais. Um leitor meu denunciou a página ao Facebook, pela clara incitação de violência, mas a resposta foi de que nada afeta as regras da casa.

Quando eu publiquei uma foto de “artistas” analisando o ânus uns dos outros, apenas para criticar o que nosso governo petista chama de “arte” (com os aplausos dos Gregs da vida, “artistas críticos”), fui bloqueado por um mês inteiro no Facebook. Mas quando um esquerdista ensina a fazer armas de terrorismo, isso é permitido. Facebook ou Foicebook?

São esses os “garotos inocentes e desarmados” que Greg defende, em nome da “cultura crítica”. Os mesmos que não criticam sequer o petrolão do PT, pois isso seria dar munição aos “fascistas”. E esse pessoal mimado tem redes sociais e até coluna na Folha, enquanto atacam esses veículos como instrumentos do capitalismo terrível. A Folha, repleta de esquerdistas, seria aliada do “fascismo” pela ótica turva de Greg, pois “condena” os atos de violência dos “manifestantes” contra Temer.

A tática dessa corja é manjada. E Pondé está certo: não existe gente mais bitolada e alienada do que esses jovens mimadinhos que se julgam “críticos do sistema”.

Rodrigo Constantino

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