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Por Alexandre Borges, publicado pelo Instituto Liberal

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Marcos Lisboa defendeu a social-democracia no Roda Viva. É um avanço, mas está longe do ideal.

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Sua participação no programa, brilhante como sempre, foi uma defesa elegante, intelectualmente honesta e tecnicamente impecável das idéias de centro-esquerda ou social-democratas: um estado eficiente, transparente, com boa gestão, que faz intervenções pontuais na economia e realiza políticas agressivas de transferência de renda, além de prover amplos serviços públicos de saúde e educação.

Não há dúvida que um governo que pensa como Marcos Lisboa, como se viu nos anos 90 nos mandatos de FHC, é infinitamente superior a uma máfia clepto-sindicalista organizada para pilhar o estado, mas nenhum liberal ou conservador (no sentido clássico) pode se dar por satisfeito com soluções que apenas desaceleram o caminho para o socialismo.

Um governo liberal sabe que o estado serve para garantir as leis e a ordem pública, proteger os cidadãos de qualquer violência, criar sistemas de assistência para quem realmente precisa, manter as fronteiras do país seguras e criar condições para que o crescimento econômico e o bem estar social possam emergir da livre iniciativa, do empreendedorismo, da inovação e de constantes ganhos de produtividade.

Serviços como os de saúde e de educação podem e devem se beneficiar pela criatividade e pelo compromisso com o consumidor dos empreendedores, como diversas experiências bem sucedidas no mundo mostram.