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Obama alivia Cuba e ainda é criticado por Dilma por Venezuela
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O presidente Obama quer deixar sua marca, e pretende fazê-lo demonstrando ser cada vez mais camarada dos comunistas. Será lembrado como o presidente que aproximou os Estados Unidos de Cuba, a ditadura mais longeva do continente, e também a mais assassina e opressora. 

Ele prometeu nesta terça-feira agir rapidamente assim que receber uma recomendação do Departamento de Estado sobre a remoção de Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo, um obstáculo que ainda resta para o restabelecimento das relações diplomáticas entre Washington e Havana. Faltando poucos dias para uma Cúpula das Américas no Panamá, onde Obama vai ficar frente a frente com o “presidente” de Cuba, Raúl Castro, a Casa Branca disse não esperar que um anúncio formal sobre a reabertura das embaixadas saia antes do encontro.

Ou seja, o regime que abrigou e treinou terroristas como o conhecido Chacal será absolvido pelo presidente americano, que também tem se aproximado do regime iraniano. O rei da retórica acredita que basta “conversar” com ditadores que tudo ficará bem. Não vamos esquecer que ele ganhou um Nobel da Paz do nada, antes mesmo de ter tempo de esquentar a cadeira no salão oval da Casa Branca.

Não obstante todo o esforço de ficar bem com os radicais de esquerda, Obama não irá se livrar de um puxão de orelha dessa mesma esquerda. É que quando se dá a mão, logo se quer o braço. E Obama tem sido muito camarada, muito compreensivo com os velhos marxistas. Claro que eles ficam ousados.

A presidente Dilma, por exemplo, deve criticar o presidente americano em seu discurso. Seu ato em relação ao regime cubano será elogiado, mas sua postura em relação à Venezuela será alvo de críticas. Dilma expressará a opinião do governo brasileiro de que é um contrassenso o fato de os Estados Unidos encerrarem um embargo de meio século a Cuba e, simultaneamente, congelarem contas de autoridades venezuelanas nos Estados Unidos, acusadas de violação de direitos humanos. A posição brasileira é partilhada pelos demais países da Unasul.

É nisso que dá fazer pacto com o Diabo. Para sorte dos americanos – e também de todos que defendem a liberdade no mundo – o mandato de Obama acabará e seu poder de estrago será limitado. Em seu lugar, pode vir uma Hilary Clinton da vida, ou qualquer outro Democrata, o que será a alegria da esquerda latino-americana. Mas pode ser que venha um conservador firme como Rand Paul, que já anunciou que disputará as prévias pelo partido Republicano.

“Sou candidato à presidência para que nosso país retorne aos princípios da liberdade e de um governo limitado”, disse. Filho do libertário Ron Paul, o senador Rand é menos utópico quando se trata de relações internacionais, e dificilmente adotaria uma postura tão negligente com inimigos da liberdade como Irã e Cuba. Os tempos de camaradagem com extremistas de esquerda podem estar chegando ao fim. Assim se espera…

Rodrigo Constantino

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