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Executivos da Odebrecht disseram em tentativa de delação premiada que a empresa pagou pelo menos R$ 100 milhões em propina para o PT em negociações intermediadas pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Os repasses teriam sido realizados por meio do Setor de Operações Estruturadas da holding, chamado pelo Ministério Público Federal (MPF) de “escritório de lavagem e pagamento de propina”. De acordo com o relato dos executivos, a maior parte dos pagamentos teria sido feita em troca de benefícios obtidos nos últimos anos graças a projetos como a desoneração da folha de pagamentos e a redução de imposto de renda sobre o lucro de empresas brasileiras no exterior.

Na negociação de delação, os funcionários detalharam os valores astronômicos que abasteceram o Setor de Operações Estruturadas, comandado pelo diretor Hilberto Silva no 16º andar da sede da Odebrecht em São Paulo, o mesmo onde funciona a presidência da empresa. O superior hierárquico de Silva era Marcelo Odebrecht, preso há um ano e uma das delações mais esperadas da Lava-Jato. As contas usadas para ocultar e viabilizar pagamentos no Brasil e no exterior eram abastecidas pelas diversas firmas do grupo. Apenas a Braskem teria bancado entre R$ 450 milhões e R$ 550 milhões para o setor no período em que o departamento funcionou, segundo levantamento prévio da empresa.

Não é a primeira vez que o nome de Mantega surge na Operação Lava-Jato:

Até a revelação de que pagamentos intermediados por Mantega eram contrapartida por benefícios fiscais obtidos pela Odebrecht, o ex-ministro havia sido mencionado por Monica Moura apenas como intermediário de caixa 2 para campanhas eleitorais do PT. A primeira versão da delação da mulher de João Santana foi recusada pela força tarefa da Lava-Jato, no início deste ano. No entanto, ela voltou a negociar com os procuradores depois que o marido, João Santana, decidiu também fazer acordo. Na época, por meio de seus advogados, Mantega reconheceu ter mantido encontros com Monica, mas sem ter tratado de contribuições financeiras.

A empresária disse à força tarefa ter recebido recursos de caixa 2 em todas as campanhas que fez para o PT: nas campanhas presidenciais pela eleição e reeleição de Dilma (2010 e 2014), e pela reeleição de Lula (2006), além das campanhas municipais de Fernando Haddad (2012), Marta Suplicy (2008) e Gleisi Hoffmann (2008). Os candidatos negam.

Monica disse ter registrado em uma agenda, que não foi apreendida pela PF, detalhes dos encontros mantidos em hotéis e restaurantes de São Paulo com interlocutores dos executivos indicados por Mantega, com o intuito de recolher as contribuições, que eram entregues em malas de dinheiro.

Na época, as revelações deram novo sentido a anotações do celular do executivo Marcelo Odebrecht citadas em relatório da Polícia Federal. Ao lado da sigla “GM” e do número de celular do ministro, havia a anotação “27M”, que a PF considerou tratar-se de referência a pagamentos de R$ 27 milhões.

Mantega ainda é um nome pouco explorado nessa história toda nefasta da quadrilha petista. O ex-ministro deve querer sumir, ser esquecido, curtir sua riqueza em paz, mas pelo visto não terá essa molezinha. Seu relacionamento com certos banqueiros precisa ser melhor investigado. E pelo visto, apesar daquele jeito de bobalhão que não mandava nada e estava ali só para cumprir ordens, parece que o homem operava para a máfia petista mesmo.

Não fosse pela suposta corrupção, Guido Mantega já deveria pagar um alto preço por ter sido um dos grandes responsáveis por quebrar o Brasil. Sim, muitos alegam que era apenas “garoto de recados” de Lula e Dilma, que fora colocado lá por ser fraco. Não importa! Se foi esse o caso, deu respaldo ao estrago todo causado pela gestão petista.

Mas não parece ser esse o caso: Mantega também é um desenvolvimentista como Dilma, um economista deformado pela Escola da Unicamp, que acreditava naquelas medidas terríveis. Foi, portanto, cúmplice direto na destruição do país. Não pode simplesmente ser esquecido e ficar no ostracismo, como adoraria. Precisamos lembrar sempre do que essa gente é capaz de fazer.

São uma máquina de destruição de riqueza e empregos para os outros, enquanto enriquecem no processo seus companheiros. Que Mantega pague por seus erros. Tem milhões de brasileiros desesperados, sem empregos, sem condições de sustentar a família, por responsabilidade direta deste senhor. E ainda por cima era intermediário no esquema de propina da Odebrecht, ao que tudo indica. Como se seus crimes econômicos não fossem o suficiente!

Rodrigo Constantino

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