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Patrulha politicamente correta no Facebook. Ou: Quem bate em mulher é o quê?
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Acordo hoje com o aviso de que fui bloqueado por três dias do Facebook – uma eternidade para padrões modernos das redes sociais. O motivo? Fui denunciado pela patrulha organizada das “almas sensíveis” por um comentário que julgo totalmente banal em minha página. Eis o ocorrido, em ordem. Publiquei uma foto da minha mulher (e já tem gente dizendo que usar o pronome possessivo para se referir à esposa é coisa de machista autoritário, sério!) lendo um livro contra o movimento feminista. Eis a imagem e a mensagem:

É ruim de mulher minha ficar arrastando asa pro feminismo, hein… 🙂

Eis que um leitor, brincando (ou insinuando que quem não é feminista é agressor de mulheres), disse: “se arrastar, bate nela”. No que respondi, meio na ironia: “Quem bate em mulher é covarde ou viado enrustido”.

Pronto. Fui bloqueado. Não se pode mais usar o termo viado? Ou não se pode mais dizer que quem bate em mulher não gosta de mulher, pode ter raiva de mulher por não ter coragem de sair do armário e ter que permanecer num casamento de fachada só por conta da sociedade?

Tenho amigos gays que são lordes educadíssimos e que jamais encostariam as mãos numa mulher ou em quem quer que fosse. Mas aquele típico “machão” misógino, que no fundo adoraria sair do armário e cantar “It’s raining men” em praça pública com direito a dança, confete e tudo mais, o personagem caricato do “American Beauty”, o milico boiola que finge ser o último dos Marlboro men enquanto só pensa em ser possuído pelo vizinho, esse poderia bater na mulher. Ou não?

Fico sem saber como defender as mulheres que apanham. Qual “minoria” preciso proteger? Se saio em defesa das mulheres que apanham dizendo que quem bate é covarde ou gay enrustido, sou bloqueado. Qual o sentido? Isso é “homofobia” agora?

Atenção, censores do Facebook, para a aula básica de lógica: dizer que quem bate em mulher pode ser viado enrustido não quer dizer que todo viado bate em mulher, nem mesmo que todo viado enrustido bate em mulher. É como dizer: quem se explode em nome de Alá é muçulmano fanático, o que não é o mesmo que dizer que todo muçulmano se explode em nome de Alá e é terrorista. Elementar, meu caro. Mas daqui a pouco, no ritmo que a coisa vai, associar terrorista ao Islã já será “islamofobia” e você será bloqueado por uma semana se afirmar que “quem explode inocentes em nome da fé provavelmente é um muçulmano fanático”.

Está ficando muito chato isso tudo. Essa patrulha está ridícula, essa “marcha dos oprimidos” já deu. Já deu mais do que muito viado, inclusive! E aprendam a capturar uma ironia, uma brincadeira, pois o mundo sem humor, o mundo que esses “puristas” desejam, é um saco, asfixiante, totalitário, insuportável. Meus amigos gays são os primeiros a sacanear os “viados”, pois possuem senso de humor (por isso são liberais, não socialistas, e odeiam o Jean Wyllys). Eu, que sou um gigante com 1,70m de altura, também adoro ridicularizar os “anões de jardim”, aqueles pigmeus que nem chegam a 1,75m de altura. Ó, céus!

O mundo está com muita viadagem. Precisa de um choque para despertar desse ridículo papelão. Os malucos islâmicos do Isis vêm aí, e vamos ficar horrorizados com um liberal que diz que quem bate em mulher só pode ser covarde e/ou viado enrustido? Qual seria a outra opção? É com esse grau de sensibilidade que vamos enfrentar os bárbaros para salvar a civilização? Então estamos perdidos mesmo. E cuidado: já viram como esses doces muçulmanos tratam os gays, enrustidos ou não?

Rodrigo Constantino

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