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Paulo Martins se despede do PSDB e retorna ao PSC para concorrer, provavelmente, ao Senado
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Paulo Eduardo Martins se tornou conhecido como jornalista, fazendo discursos duros contra o PT e a esquerda em programa no SBT. Sua visão de mundo está alinhada com o que chamo de “conservadorismo de boa estirpe”, ou seja, um viés conservador inspirado na tradição do iluminismo britânico, que defende o liberalismo econômico e uma postura mais cautelosa e prudente em relação à política e às tradições.

Não obstante, e por conta da política nacional ser como é, Paulo foi parar no PSDB, partido de centro-esquerda, com alguns tucanos mais liberais, especialmente os mais jovens, tentando uma guinada mais à direita. Foi de lá que Paulo conseguiu influenciar a fundamental reforma trabalhista, que as máfias sindicais tentam anular de todo jeito, para preservar sua boquinha estatal por meio do nefasto “imposto sindical”.

Mas agora Paulo está de saída do PSDB. Ele escreveu um texto de despedida em sua página pessoal, explicando brevemente os motivos e seus próximos projetos:

Amigos, hoje chega ao fim a minha trajetória no PSDB. Todos que acompanham meu trabalho sabem que tenho diferenças de pensamento com o partido, sou mais liberal na economia e também mais conservador nos costumes que a agremiação, mas quero destacar a postura respeitosa que todos os membros do PSDB tiveram em relação às minhas posições. 

Destaco também a qualidade da bancada de deputados federais, na qual fiz grandes amigos que ajudaram muito em minhas batalhas e também em meu processo de amadurecimento pessoal. 

Volto ao PSC, partido pelo qual disputei a única eleição em toda a minha vida e que hoje entendeu qual deve ser o seu papel no cenário político brasileiro, tão carente de uma organização que defenda com clareza a vida, o respeito aos valores da família, a liberdade do indivíduo e a redução do Estado. É pelo PSC que disputarei a eleição para senador ou deputado federal. 

Sou grato à direção estadual do PSDB e aos filiados pelo respeito que sempre demonstraram por mim. Desejo-lhes sorte. 

Agradeço à direção nacional e estadual do PSC pelo convite para retornar ao partido e principalmente, aos filiados, que têm demonstrado grande satisfação com a minha volta. A vida segue, mas o Brasil precisa dos brasileiros mais do que em qualquer outro momento de sua história recente.

O Brasil certamente precisa de mais políticos como Paulo Martins, que não tem o perfil típico dos políticos brasileiros. Paulo é o novo na política, parte dessa “onda conservadora” que tem assustado tanto o establishment, acostumado com as longas décadas de hegemonia esquerdista. Que outros como Paulo decidam seguir por este caminho. Ele é um tanto inglório, meio indigesto, mas necessário.

Afinal, tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam, como alertou um grande liberal-conservador, Edmund Burke.

Rodrigo Constantino

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