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Pedro Bial vai pro paredão mas não é eliminado. Ou: Ainda liberal com orgulho
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Coloquei Pedro Bial no paredão por conta de uma notícia que saiu hoje, sobre o direito de captação de até R$ 7 milhões pela Lei Rouanet para um musical sobre o Chacrinha. Disse que o uso do instrumento é até legítimo, uma vez existente e legal, mas que sem dúvida não era o ideal para artistas com viés mais liberal.

Seria como um empresário que defende os valores liberais mamar nas tetas do BNDES. É legal, faz parte do jogo, e o problema maior é o próprio BNDES ofertando tanto crédito subsidiado. Claro que os grandes empresários vão desejar fazer parte do seleto grupo escolhido pelo “rei”. Ainda assim, o melhor é pregar o fim das mamatas e da simbiose com o estado.

Pois bem: fiquei feliz ao receber a informação do próprio Pedro Bial, que explicou melhor o ocorrido. Bial não é o produtor do musical sobre o Chacrinha. A Aventura Entretenimento, empresa de Luiz Calainho e Aniele Jordan, que está por trás da produção e correu atrás das vantagens da Lei Rouanet. Bial é apenas o escriba contratado. Não tem ingerência alguma sobre as fontes dos recursos.

Quando Bial atuou como produtor e diretor, no documentário de Jorge Mautner, “O Filho do Holocausto”, não rolou verba alguma da Lei Rouanet. Assim como Lobão, que teve a chance, mas não quis saber do instrumento, Bial preferiu correr atrás de financiamento privado sem dependência de aprovação estatal. Ponto a favor!

Retiro, portanto, Pedro Bial do meu paredão imaginário. Não foi eliminado. Volta para o jogo. Liberal com orgulho:

Pedro Bial

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