Três ou mais pessoas que se “amam” pretendem casar e constituir uma família. Quem pode ser contra? Ainda mais quando chamamos isso pelo nome bonito de “poliamor”. À primeira vista, isso é um problema ou um direito deles, e ninguém tem nada com isso, certo? Errado, e pretendo justificar meu ponto de vista.
Mas, antes, um alerta. Os rótulos servem para simplificar a nossa compreensão do mundo, mas podem confundir também. Sou presidente do Conselho do Instituto Liberal, e algumas pessoas acham que liberalismo é sinônimo de libertinagem, ou seja, um liberal “verdadeiro” não deveria se importar com nada que é feito com consentimento entre adultos.
Ao defender a importância da família tradicional, sou “acusado” de ser um conservador por aqueles que têm necessidade de colocar tudo em caixinhas simplistas. Não ligo; tenho meu lado conservador mesmo, pois acho que devemos conservar aquilo que presta, e nem tudo que é “moderno” é melhor. Mas o debate ganharia sem a preocupação exagerada com os rótulos. Devemos defender o que julgamos certo, e ponto.
De volta ao tema do artigo, há uma clara campanha “progressista” contra a família tradicional. O movimento feminista, sem dúvida, é o líder dessa revolução cultural em curso. Mas quem acha que o feminismo é uma luta legítima pelos direitos das mulheres, e não um ataque rancoroso ao homem e à família, com forte viés marxista, deveria ler O outro lado do feminismo, de Suzanne Venker e Phyllis Schlafly. Vai abrir os olhos.
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Rodrigo Constantino
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