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O brasileiro comum já sabe faz tempo: a prioridade do país é a questão da segurança pública. Com mais de 60 mil assassinatos por ano, o Brasil vive uma guerra civil “velada”, e tudo mais parece perder importância diante disso. Mortos, afinal, não aproveitam crescimento econômico…

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Quem está descobrindo aos poucos essa obviedade, pelo visto, é a mídia, que, dominada por “progressistas”, jura de sua bolha que as pautas prioritárias são ideologia de gênero, legalização de drogas e aborto, desarmamento e o feminismo ou a causa LGBT. É o que dá confundir GNT com mundo real.

Diante desse abismo entre formadores de opinião e opinião da população, os jornalistas fazem um tremendo esforço para compreender fenômenos como o avanço de Jair Bolsonaro nas pesquisas, mas desistem depois de queimar alguns neurônios preciosos e concluem que o povo é alienado e ponto.

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Aí vão escrever sobre as reformas propostas na área de segurança, e preferem tomar o partido, de forma sutil, de gente como os deputados da Rede, sem expressão popular alguma, mas quase com vínculo empregatício na maior emissora de televisão do país.

Vejam, por exemplo, essa reportagem sobre as propostas em pauta na Câmara. A “chamada ‘bancada da bala'” quer mudanças urgentes. Chamada… por quem? Se não foi exatamente essa mesma imprensa que criou e espalhou tal alcunha para se referir a deputados que simplesmente escutam melhor o povo!

Esse grupo de deputados é chamado de “bancada da bala” justamente pela mídia, de forma pejorativa, depreciativa, porque o viés da imprensa está apontado para o desarmamento. Diz a matéria:

Com a ideia de fazer uma semana de votações exclusivamente sobre o tema, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fechou com os líderes dos partidos seis propostas. Na prática, prevaleceu uma lista elaborada pela chamada “bancada da bala”, em especial pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF). Dos seis projetos, só um é defendido pelo PT. Na sessão de segunda-feira, a única proposta que passou para a tramitação em urgência foi a que obriga as companhias telefônicas a instalar bloqueadores de celulares nos presídios. O rito de urgência das demais matérias deverá ser votado hoje.

O que o PT defende, claro, é o único ponto equivocado nas reformas, que é o fim dos autos de resistências nas ocorrências policiais. As entidades de “Direitos Humanos” vêm pedindo o fim deste tipo de registro, que é quando o policial reporta que houve resistência por parte do perseguido e sua morte no confronto. A Câmara já tentou votar esta proposta, mas ela é considerada polêmica, porque as corporações são contra. O maior defensor da proposta é o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

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Ou seja, o pitaco petista é para proteger bandidos, enquanto a “bancada da bala” quer punir com mais rigor bandidos. Do lado de quem o jornal acha que está o povo brasileiro? Mas o deputado Miro Teixeira, muito respeitado pela emissora, não vê motivo para pressa:

— Para que essa pressa, a essa hora da noite? Não é com uma penada que se vai resolver as coisas e não se pode passar essa impressão para a população. É uma questão para repercutir eleitoralmente — criticou Miro Teixeira.

Por que a pressa? Talvez – apenas talvez – porque ocorram mais de 60 mil homicídios por ano no país, e milhões de assaltos? O primeiro projeto da lista acaba com o chamado “saidão”, ou seja, proíbe a saída temporária dos presos. Autor do projeto, Fraga disse que 20% dos presos que saem em feriados e outras datas não retornam aos presídios. Outro projeto revoga a possibilidade de progressão de regime para casos de assassinatos de agentes públicos, principalmente policiais. Este também de autoria de Fraga.

— Temos que extinguir o “saidão” — disse Fraga.

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A população entende perfeitamente a necessidade de pressa para essas mudanças, podem estar certos disso. O povo não aguenta mais ver bandido saindo das cadeias com indultos e nunca mais voltando, livres para praticar novos crimes por aí. O povo quer o fim da impunidade. A esquerda quer menos punição. E menos pressa, claro. Está tudo tão tranquilo por aí, não é mesmo?

Os representantes da esquerda caviar, no Congresso e na mídia, perderam qualquer elo com o povão, que diz defender. A prova já está nessa expressão cunhada para diminuir aqueles que pretendem proteger a população: bancada da bala. É como se fossem sujeitos beligerantes e insensíveis, talvez lacaios da indústria bélica, obcecados por armas, e não políticos que simplesmente compreenderam que a segurança pública é a prioridade número um do Brasil.

Rodrigo Constantino