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Por Thiago Kistenmacher, publicado pelo Instituto Liberal

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Antes de tudo gostaria de dizer que este texto não tem como intuito discutir propostas políticas nem tecer elogios ou críticas ao presidente Donald Trump. Outra coisa: não me refiro àqueles que criticam os posicionamentos de Trump de forma inteligente e quando sabem do que estão falando. O foco aqui é outro. Quero discutir algumas razões “estéticas” pelas quais muitas pessoas criticam o novo presidente dos Estados Unidos.

Se existem sujeitos inteligentes que fazem críticas a Trump, estou certo que entre eles existe uma enorme quantidade de posers, quer dizer, daqueles que estão cientes de que falar mal de Trump aos quatro ventos pega muito bem para a própria imagem. A preocupação desses posers dura só o tempo de compartilhar uma notícia sensacionalista no Facebook. Dizer que está preocupado com imigrantes te deixa “bem na fita”. Ou não?

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Se o mainstream midiático aponta que Trump é homofóbico, racista, xenófobo, elitista e machista, logo, se você disser “eu odeio Donald Trump” não significa somente que você o odeia, mas sim que você não é homofóbico, racista, xenófobo, elitista nem machista. Quer dizer, se Trump for apontado como sendo “do mal”, seu detrator será visto como sendo “do bem”. Nada melhor para alimentar a vaidade daqueles que se julgam seres “do bem”. Em síntese, na maioria das vezes, difamar Trump é uma forma de autoelogio. É massagear o próprio ego. “Como eu sou do bem”, diz o inconsciente do poser. É colar em si mesmo o rótulo de bonzinho, daquele que vive preocupado com o Iraque quando na verdade está mais ansioso para a próxima temporada da série predileta do que com o desaparecimento do Estado Islâmico ou com o fim dos bombardeios na Síria. Essa gente chora mais pelo mocinho que morreu no filme do que pelas crianças estraçalhadas por um morteiro.

Qual a legitimidade que pode ter a crítica ao presidente americano quando proveniente de uma menina cuja única preocupação é séries para adolescentes, mas que por acaso leu uma declaração “bombástica” de Trump no site do G1? Muitos não veem que fazem parte da boiada atraída pelo jornalista com seu berrante mentiroso. É pura retórica, vaidade. Poucas coisas são tão enjoativas como sujeitos que vivem posando de preocupados com o mundo.

Não se importa de ser chamado de “fascista”, “homofóbico”, “machista”, etc.? Elogie Trump. Quer parecer descolado, do “bem”? Critique Donald Trump. Quer parecer ainda mais puro? Odeie-o muito mais. Em outras palavras, na medida hipócrita dessa turminha metida a mudar o mundo, quanto mais ódio o sujeito tiver do presidente dos EUA, mais amor ele tem pela humanidade; quanto mais ele exortar a violência contra Trump, mais pacífico ele é; quanto mais ele odiar os EUA, mais ele ama as crianças famintas espalhadas pelo mundo. Que piada!

Na prática a maioria não se preocupa com nada mais do que com seus próprios interesses. Grande parte desse pessoal não sabe nem mesmo quem é Bashar al-Assad e acredita ter propriedade para falar de geopolítica e de imperialismo “estadunidense” no Oriente Médio porque leu a chamada de uma matéria na página da Carta Capital.

Se o sujeito vive depreciando Donald Trump porque pensa que os negros nos EUA serão prejudicados; se acredita que o mundo vai ficar mais “homofóbico” por causa do presidente americano – sim, americano, não “estadunidense” como querem os chatos politicamente corretos; se ele pensa que os árabes serão ainda mais vítimas de xenofobia a partir de agora, gostaria de perguntar a ele: você está realmente preocupado com isso? Será que seus boletos não te inquietam muito mais? Seja sincero… Eu aposto que seu saldo bancário negativo te incomoda muito mais do que a morte de imigrantes atravessando o Mediterrâneo.

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Os posers desse tipo deveriam deixar de conversa mole e voltar para o romance do Netflix, onde são mais sinceros…