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Não sou adepto de teorias conspiratórias, mas convido o leitor a uma rápida viagem intelectual: suponhamos que um Dr. Evil da vida existisse, e que fosse um islâmico radical, ou então um esquerdista ressentido e niilista, que odeia a vida e a liberdade e, portanto, pretenda destruir a civilização ocidental, a mais livre e próspera que já existiu. Quais seriam suas principais bandeiras? Que tipo de alvo ele teria?

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Ora, de cara pensamos naquilo que pode oferecer resistência ao seu plano maligno. E ofereço, aqui, três coisas: 1) muros nas fronteiras, que impeçam a entrada descontrolada dos inimigos; 2) armas, que servem para obviamente reagir a qualquer tentativa de assalto ou ocupação; 3) virilidade, que forneceria a coragem necessária para uma guerra dessa natureza, de vida ou morte. Se esse ser terrível fosse capaz de minar esses três focos de resistência, então seu plano de conquista e destruição ficaria bem mais fácil.

Agora vamos ver as principais bandeiras dos “progressistas” modernos. Sim, eles querem derrubar muros, pregam imigração “livre”, desejam por meio do globalismo enfraquecer ou até destruir o próprio conceito de nação, colocando em seu lugar entidades supranacionais controladas por “burocratas sem rosto” (e voto), que por sua vez podem ser influenciados ou comandados por um grupo poderoso seleto.

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Sim, eles também querem desarmar toda a população ordeira, e insistem de forma patológica e oportunista nessa pauta, não abrindo mão da campanha nem quando defuntos ainda quentes são enlutados por seus familiares em massacres – a maioria cometido por gente que conseguiu armas de forma já ilegal.

Por fim, é visível a campanha em curso de emasculação do homem ocidental, o que explica o sucesso de um Jordan Peterson, em boa parte como resposta a isso. Os “progressistas” querem “homens” cada vez mais femininos, e a mídia oferece uma fartura incrível de “polêmicas” criadas da cabeça de seus editores, que não encontram qualquer eco no mundo real. É uma estratégia para ir minando a resistência, enfiando pautas “lacradoras” como se houvesse, de fato, um debate intenso nas ruas – e não só na bolha “progressista” – sobre esses temas.

A mais nova dessas “polêmicas”, publicada pela Época Negócios (?), diz respeito à maquiagem masculina. Sim, porque o leitor, tenho certeza, conhece vários amigos que acordam e dormem com a angústia de se devem ou não usar maquiagem, como fazem as mulheres. A revista lança, então, a pergunta: Será que a maquiagem masculina vai virar tendência? Não consegue sequer esconder a torcida pela resposta afirmativa. E emenda no subtítulo: Por que os homens ainda são tão resistentes à ideia de se maquiar?

Céus! Por que os homens ainda são tão resistentes à ideia de não virarem logo mulheres?! É preciso combater essa visão “ultrapassada” da masculinidade! É preciso superar esse “preconceito” de que homens precisam ser durões! É preciso “libertar” os homens dessas amarras sociais, dessas construções artificiais da cultura! É preciso, por fim, dar um basta à biologia, uma ciência machista e preconceituosa.

Diz um trecho da reportagem: “As taxas de suicídio entre homens jovens são alarmantes e parte da [razão para isso] é a cultura da masculinidade tóxica que restringe o que é aceitável para os homens fazerem. Não sentir que você pode ser você mesmo é incrivelmente prejudicial para o bem-estar mental de alguém”. Ah, a prevalência do subjetivismo exacerbado, do não-julgamento, da abolição das normas e da ditadura dos sentimentos pessoais sobre os fatos! O que importa é o que você “sente”, mais nada. Desde, claro, que você não sinta vontade de ser um macho alfa agressivo, pois isso é pecado mortal…

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São tantas palhaçadas, tanta incoerência, tanta contradição e tanta campanha patética que podemos até suspeitar da tal teoria conspiratória. Afinal, repito: se eu fosse esse Dr. Evil e meu objetivo fosse ruir com os pilares da civilização ocidental, chacoalhar seus fundamentos básicos e torna-la mais frágil, eu não faria praticamente nada diferente do que faz a esquerda “progressista” moderna.

Pergunto, com sinceridade, ao leitor: se uma horda de bárbaros viesse invadir seu país, você preferiria ser defendido por um exército de Clint Eastwoods ou um ajuntamento de Davids com Beckham e Bowie? Pois é…

Rodrigo Constantino