• Carregando...
A soberba e o método Muralha de “análise” de Filipe Martins
| Foto:

O meu leitor talvez nem saiba quem Filipe Martins seja, mas se trata do mais olavete dos olavetes com cargo no governo. Desde a campanha de Bolsonaro, o futuro de Martins dependia da vitória, pois ele já era funcionário do PSL. Sua “análise”, portanto, tinha um “pequeno viés”, digamos, por conta de seus interesses pessoais.

Não obstante, o rapaz se vendia como uma espécie de profeta infalível. Tem um guru perfeito, convenhamos. Martins aprendeu com o mestre Olavo sobre a importância de se colocar como “aquele que está sempre certo”. Começou, então, a repetir por aí, no estilo Goebbels, que tinha “acertado tudo” sobre as eleições americanas e outras.

Funciona assim, como já expliquei: Filipe Martins pula sempre para a direita, e quando a bola vai para a direita, ele acerta! É como o goleiro Muralha, que até se gabava de sua “brilhante estratégia”. Martins cantou a vitória de dez em cada dois direitistas eleitos. Mas quem lembra de Marine Le Pen, não é mesmo?

O “chanceler do B” do governo Bolsonaro, uma espécie de Marco Aurélio Garcia com sinal trocado, não pode adotar postura mais humilde, pois sabe que isso seria seu fim como marqueteiro de si mesmo. É por isso que nada comenta sobre a demissão do ministro Velez, após péssima gestão, mesmo depois que seu guru o tenha indicado e que ele mesmo tenha celebrado a notícia como uma “revolução” em nossa educação. Depois do fracasso, o silêncio. Nenhum reconhecimento de erro, nenhuma lição sobre humildade.

Ao contrário! Ao julgar pelo comentário que fez hoje, a soberba do “templário” inspirado em Olavo e Bannon só aumenta. Bibi Netanyahu, como sabemos, venceu mais uma e terá seu quinto mandato como primeiro-ministro em Israel. Foi uma vitória extremamente apertada. Na verdade, um empate técnico em cadeiras, mas Netanyahu conta com o apoio de partidos à direita, e por isso poderá formar o novo governo. Não obstante, a bola caiu para a direita, e nosso Muralha, claro, gabou-se de mais um “acerto” evidente:

Alguns leitores reclamam quando critico Olavo ou olavetes, mesmo que sejam extremamente influentes no poder e para o lado ruim, em minha opinião. Chamam de “picuinha” o que é apenas crítica legítima de quem está preocupado com essa ala ideológica, fanática e autoritária do governo. Expor o embuste dos reacionários que se vendem como conservadores é questão de necessidade para a defesa do bom conservadorismo, que nada tem a ver com o nacional-populismo de Bannon.

Aí está, portanto, a arrogância do nosso “profeta”, que sempre prevê o mesmo resultado: a vitória da direita. Acerta tanto quanto quem escolhe cara ou coroa numa moeda…

Rodrigo Constantino

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]