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Três homens que jogaram ácido em menino de 3 anos são presos em Worcester, Inglaterra
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Os três homens suspeitos de terem jogado ácido num menino de 3 anos numa loja em Worcester foram presos. O garoto, que sofreu um “ataque deliberado” na Home Bargains no sábado, sofreu queimaduras no rosto e no braço, e os médicos não sabem dizer ainda se haverá alguma sequela.

Os suspeitos, com 22, 25 e 26 anos, foram presos e a polícia liberou imagens da câmera de segurança do local. O detetive Tony Garner agradeceu a todos que enviaram informações que ajudaram na captura dos responsáveis. O caso, que chocou os ingleses e o mundo, está sendo tratado como um ataque direto e intencional contra o garotinho.

O motivo, porém, permanece “incerto”. A polícia continua trabalhando para montar o quebra-cabeça com as poucas peças que tem disponíveis. Críticos da invasão islâmica na Europa, porém, alimentam a suspeita de ataque terrorista. É o caso de Paul Joseph Watson, que insinua ligação com o Islã:

O contexto dessa mensagem pode ser melhor entendido não só pelo histórico de críticas do autor, como por outras mensagens próximas, como uma em que relata o estupro de uma menina sueca de 13 anos por um imigrante sírio e outra de uma mulher esfaqueada no hotel Hilton de Manchester à luz do dia. Para Watson e outros, esses são casos que expõem o descontrole da situação e o fim da “lei e ordem” na Inglaterra.

Se foram casos ligados ao terrorismo islâmico não sabemos, mas que tipo de gente joga ácido no rosto de um menininho de 3 anos de idade?! É algo tão chocante que nos remete diretamente a reflexões filosóficas sobre a origem e existência do Mal.

Uma ideologia ou uma seita religiosa podem desencadear um ato violento, justificando um desejo existente, dando “sentido” a ele. Mas qualquer coisa que tente explicar ou justificar um ato tão cruel e covarde desses estará fadada ao fracasso. É simplesmente incompreensível, ao menos para qualquer pessoa sensata.

“Uma disposição para sacrificar crianças é um sinal de uma cultura da morte”, disse Jean Elshtain sobre os terroristas palestinos. Quem usa suas próprias crianças como escudo humano ou mira nas crianças dos inimigos como alvos deliberados de fato perdeu qualquer apreço pela vida humana, todo resquício de humanidade. Que sejam seres humanos, contudo, é algo que mexe com nosso âmago: como homens são capazes de algo assim?

Não acho que temos a resposta, ao menos não uma satisfatória. O que sei é que precisamos lutar sempre para domesticar a besta humana por meio da civilização, que jamais devemos tomar como garantida e eterna, e lidar com os efeitos da maldade humana, buscando mecanismos de incentivo para coibi-la quando for possível. Mas reconhecendo que sempre haverá a besta à espreita, capaz de atitudes monstruosas, como a de jogar ácido na cara de um garotinho numa loja.

Rodrigo Constantino

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