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Um governador que manda carta para parabenizar empresários que criam empregos?
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Um amigo meu, vizinho aqui de Weston, é advogado e empresário, e foi mais um dos tantos brasileiros que resolveram sair do país para empreender nos Estados Unidos, seguindo o fluxo natural para países mais capitalistas. Ele me mandou nesta quarta a carta que recebeu do governador do estado, o republicano Rick Scott.

Disse que sabe, claro, tratar-se de um político, e que por isso era preciso dar um desconto. Mas estava espantado mesmo assim. Em vinte anos de vida empresarial no Brasil, nunca viu nada parecido. Uma carta do governador parabenizando pela criação de empregos e enaltecendo o corte de impostos? Isso não é algo normal para o padrão brasileiro (ou para o padrão da esquerda democrata americana, que fique claro).

Eis o conteúdo da cartinha, que pode ser padrão, como a que recebi quando meu filho nasceu, enaltecendo mais uma vida, um cidadão floriano, uma família feliz, mas não deixa de ser símbolo de uma mentalidade bem diferente da nossa:

Nos últimos sete anos, diz a carta, o governo cortou impostos mais de 75 vezes na Flórida, economizando mais de $7 bi para os pagadores de impostos (não são “contribuintes”, repare no detalhe). O estado pagou $9 bi em dívidas e eliminou mais de 5 mil regulações, facilitando o ambiente de negócios.

A meta é transformar o estado no melhor lugar do mundo para se conseguir um emprego. E o governador republicano entende que isso só é possível se a vida do empreendedor, que cria empregos, for mais fácil também. Parece até o Rio, não é mesmo?

Basta comparar o “Doing Business” do Banco Mundial para verificar como o Brasil é um país insano por conta de seu estado hipertrofiado e sua mentalidade antiliberal. Em nosso país, os empreendedores são tratados como exploradores, graças a uma mentalidade marxista tacanha. Tirar dos ricos para dar aos pobres é considerado “justiça social”.

Meu amigo aplicou para o GreenCard. Está feliz com seus negócios avançando por aqui, com a segurança que pode oferecer à sua família, e com um ambiente de valores em que a malandragem não é tida como a coisa mais nobre do planeta, e sim como demérito.

Não sei dizer ao certo, mas acho difícil ele querer voltar. Acho que o Brasil perdeu mais um criador de riquezas e empregos, para sempre. E talvez os republicanos tenham ganhado um eleitor no futuro…

Rodrigo Constantino

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