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As veias abertas da América Latina: eleição venezuelana é farsa socialista
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O livro As veias abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, é um clássico para a extrema-esquerda, pois alimenta a visão de vítima da suposta opressão “imperialista”, tendo nos ianques o alvo preferido. É manual de mimimi para oportunista, ou consolo para loser que inveja o sucesso alheio. É, em suma, um lixo ideológico sem sentido, que nem mesmo o autor defendia, depois de algumas décadas.

Mas as veias da América Latina de fato estão abertas, e nosso sangue é sugado por exploradores, por opressores insensíveis e oportunistas: pelos próprios socialistas que denunciam o “império estadunidense”. A esquerda radical é a maior praga que se alastrou pela região, e por onde passou, deixou um rastro de miséria e escravidão. O caso mais evidente e recente é o da Venezuela.

Maduro, o ditador socialista, quer agora aplicar um novo golpe, antecipando as “eleições”. Ninguém mais cai nessa. Em seu editorial de hoje, o GLOBO comentou o assunto, mostrando a farsa da coisa:

A Assembleia Constituinte da Venezuela, instituída pelo governo de Nicolás Maduro em conluio com o Judiciário, convocou eleições gerais para o fim de abril. A votação estava prevista para ocorrer no fim do ano, mas o que poderia soar como uma boa notícia para a democracia venezuelana — até porque a oposição vinha cobrando nos últimos anos a realização do pleito — é, ironicamente, mais um sinal do fechamento do regime, hoje caracterizado como uma ditadura plena.

Desde que chegou ao poder, em 2013, sucedendo a Hugo Chávez, seu mentor, Maduro se esquivou de todas as oportunidades de diálogo com a oposição, inclusive com mediação do Papa Francisco e países vizinhos. Apoiado pelas Forças Armadas, aparelhou as instituições daquela que já foi uma das democracias mais prósperas do continente. Declarou guerra a importantes setores produtivos do país e empresas estrangeiras, contando com os petrodólares de sua principal indústria. Mas, com a crise global e a queda dos preços do barril, o país mergulhou numa crise histórica.

Assim, a votação de abril ocorrerá em meio a um quadro de hiperinflação e o colapso total da economia, que praticamente erodiu o poder de compra do salário mínimo, tornando boa parte da população dependente de tíquetes-refeição subsidiados, distribuídos por critérios ideológicos.

[…]

Os sinais de truculência estão por toda parte: a execução criminosa do piloto da polícia Óscar Pérez e seis outros dissidentes, que, cercados pela polícia, tentaram sem sucesso negociar sua rendição; a expulsão do embaixador da Espanha e as críticas aos países latino-americanos que pressionam por abertura; e a repressão contra manifestantes, que deixou mais de 120 pessoas mortas no ano passado. A Venezuela é hoje uma ferida aberta no continente.

Tudo certo, mas incompleto. O jornal dá a entender que a crise internacional que levou à queda do preço do petróleo foi grande responsável pelos problemas, mas a Venezuela estaria – e já estava – no caos mesmo com o preço em alta. O editorial também fala em “ditadura plena”, mas não explica de onde ela veio, e ainda deixa a impressão de que foi Maduro o culpado, não Chávez e sua ideologia.

Eis o que é revoltante nessas matérias sobre a Venezuela, e que venho apontando faz tempo: o sujeito oculto. A mídia se recusa a dar nome aos bois, a explicitar o que causou de fato a desgraça venezuelana, o debacle econômico, o caos social, a ditadura. E o agente do crime atende pelo nome de socialismo, seja do século XX, seja do século XXI.

“A Venezuela é hoje uma ferida aberta no continente”, conclui o jornal. Assim como Cuba. Assim como Bolívia e Equador. Assim como a Argentina quase se transformou. Assim como o Brasil quase se transformou. Chávez e Maduro, Rafael Correa e Evo Morales, o casal Kirchner, Lula e Dilma, são todos eles ícones dessa ideologia, desse mesmo projeto totalitário de poder parido no Foro de SP.

Para eles, a democracia é apenas uma “farsa” para chegar ao poder, como Lula chegou a confessar. O descaso do PT para com a Justiça comprova isso agora. Os petistas não ligam para a democracia, e adorariam ter o poder de Maduro para perseguir opositores, calar a imprensa, impor suas “leis”.

Não é bem uma ferida aberta, portanto, mas um câncer em metástase, uma doença terrível, uma praga. As veias do continente estão abertas, enquanto os parasitas puxam nosso sangue. Mas os parasitas não são os capitalistas americanos, as multinacionais, que geram riquezas, empregos e progresso na região, e sim os políticos de esquerda, os sindicalistas, os invasores de terras, os “estudantes” vagabundos, os artistas engajados, os professores militantes.

Enfim, toda a corja vermelha, que acusa o capitalismo diante de um espelho, aponta para o bode expiatório enquanto saqueia as riquezas que produzimos. Que a Venezuela sirva como mais um exemplo do que acontece quando uma sociedade embarca nas falácias socialistas. O único resultado possível é esse: ditadura e miséria.

Rodrigo Constantino

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