Milton Friedman estaria se perguntando: Verissimo quem?| Foto:

Faz tempo que não menciono Luis Fernando Verissimo por aqui. Não é que o humorista tenha parado de falar besteira, algo que considero impossível. É apenas que, de tempos em tempos, preciso me desintoxicar um pouco, e há um limite de embusteiros que consigo acompanhar e refutar aqui. Por isso deixei passar um texto seu recente em que difamava a Escola de Chicago, dos liberais liderados por Milton Friedman.

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Felizmente, os ataques pérfidos encontraram resposta em alguém mais capacitado do que eu para colocar Verissimo em seu devido lugar: um doutor por Chicago. Rubem de Freitas Novaes escreveu um texto publicado hoje no GLOBO como resposta ao gaúcho, e o economista foi até sutil demais com o engraçadinho socialista, com uma gentileza que, definitivamente, acho que o gajo não merece. Disse Rubem:

Mestre Verissimo — e assim o chamo por suas inegáveis qualidades humorísticas e por seu profundo conhecimento do futebol gaúcho — parece, ao falar de política e ideologia, uma pessoa ressentida, talvez inconformada com a derrota de seus ideais em nível mundial e, especialmente, aqui mais próximo de nós, com a derrocada de governos simpatizantes de ideias socialistas e/ou comunistas.

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Desatualizado em matéria de conhecimento econômico, demonstra desconhecer a mudança ocorrida até em programas de partidos de esquerda, que cada vez mais se convencem da importância da obediência aos bons fundamentos de Economia, ensinados em Chicago e em muitas outras boas escolas do ramo. E prende-se a receitas que deram errado onde quer que tivessem sido testadas, inclusive aqui no Brasil.

Sobre Milton Friedman, citado na referida coluna, devo lembrar que foi considerado “o economista do século XX” por ninguém menos que o economista mais lido do mundo, atualmente, o insuspeito professor de Harvard Gregory Mankiw. Registre-se que o mestre de Chicago, assim como prestou assessoria econômica para as reformas liberalizantes do Chile, também assessorou os governantes chineses na extremamente bem-sucedida abertura do país comunista ao capitalismo. Seu compromisso sempre foi com a Economia e com aquilo que a nossa ciência poderia contribuir para o benefício dos povos.

Em suma, minha sugestão é que Verissimo se mantenha concentrado em seu métier e não nos prive mais de sua inteligência e refinado humor, desviando sua pena para assuntos tão áridos como o do conhecimento econômico abalizado.

Saudações do Chicago boy.

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Ok, claro que posso detectar a ironia fina do amigo Rubem ao espetar o “especialista” em futebol gaúcho, mas ainda acho que há um respeito exagerado para com alguém que já cansou de se provar um charlatão, um sofista, um cínico. Verissimo só merece nosso desprezo, nada mais. Contribuiu para essa situação trágica em que o Brasil se encontra hoje, ao defender sempre a extrema-esquerda, o PT, e até ao “assassinar” a Velhinha de Taubaté para não ter que criticar o governo mais corrupto da nossa história.

Levou uma bordoada merecida, sem dúvida, e até suave demais, com luvas de pelica. Eu acho que um sujeito desses deve mesmo é ser ridicularizado em praça pública, pois cansamos do salvo-conduto que a esquerda caviar tem para enganar a todos, rotular os adversários com os adjetivos mais chulos, e depois ainda bancar a vítima. No meu dicionário, o nome disso é canalhice. E canalhas não merecem sossego, muito menos nossa cordialidade.

Um defensor de ditadores comunistas tentar manchar a imagem da Universidade de Chicago, uma das mais reconhecidas do mundo, porque seus economistas liberais assessoraram regimes autoritários como o chileno (com excelentes resultados, diga-se de passagem), é mesmo o fim da picada!

Rodrigo Constantino