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Até quando o mundo será tolerante com o comunismo?
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Por João Cesar de Melo, publicado pelo Instituto Liberal

Enquanto o mundo está em pânico por causa da pandemia, os Estados Unidos e a União Europeia costuram um acordo para anistiar Nicolás Maduro. A denúncia contra o venezuelano por tráfico internacional de drogas foi apenas um artifício para forçá-lo a aceitar o acordo.

Na última semana de março, o governo americano propôs um fim “pacífico e democrático” para a “crise” na Venezuela, com o afastamento do atual ditador comunista e também, pasme, de Juan Guaidó, o presidente reconhecido pela comunidade internacional, mas que não goza de qualquer poder naquele país. Muito pelo contrário. Já foi preso e torturado. Tem sua vida em constante risco.

Isso significa que mais um comunista assassino está prestes a ser perdoado e o seu principal opositor, punido!

Ao final da URSS, não houve um tribunal para julgar os crimes dos comunistas. O atual presidente russo é um ex-chefe da KGB. Comunistas assassinos continuam controlando Cuba. Apesar de terem provocado um conflito que levou à morte 260 mil pessoas, os comunistas das FARC foram anistiados. A Coreia do Norte continua de pé, massacrando seu povo e zombando do mundo.

Mesmo que esse acordo com Nicolás Maduro não seja concretizado, ele abre caminho para outro, ainda mais benevolente com o comunista que jogou a Venezuela na miséria e assassinou milhares de cidadãos comuns.

Consigo ouvir daqui a barganha do ditador, exigindo perdão e compensações para deixar o poder. Mas ele só faz isso porque o mundo concede esse direito aos comunistas.

Creio que ninguém acha que chinês é burro, muito menos aqueles que conseguiram se manter no poder mesmo depois de terem levado mais de 60 milhões de cidadãos à morte.

Diante disso, afirmo que não é nenhum delírio “conspiracionista” visualizar os membros do Partido Comunista Chinês, em dezembro do ano passado, sentados ao redor de uma mesa discutindo o que fazer diante das notícias da epidemia; e, dentre eles, alguém propondo deixar o vírus circular pelo mundo para causar o pânico, destruir mercados e antecipar o plano de expansão da influência do regime no ocidente.

A União Soviética manteve seu povo na miséria para se projetar como potência militar e espacial.

Logo que tomaram o poder em Cuba, uma das primeiras providências dos comunistas foi provocar um conflito militar com os Estados Unidos. Fidel e seu companheiros estavam dispostos a sacrificar a vida de grande parte dos cubanos para construir a narrativa de que eles, “anjos da paz”, estavam sendo agredidos.

Noutros artigos, listei os principais horrores dos comunistas, tendo em comum a completa indiferença para com o bem-estar das pessoas.

Portanto, não é nenhum absurdo imaginar que o Partido Comunista da China tenha calculado que os lucros econômicos e geopolíticos que teriam com a disseminação da pandemia justificaria a morte de alguns milhares de chineses e suspensão de parte da atividade econômica do país por um tempo.

Mesmo que tenha sido apenas negligência, o Partido Comunista da China é responsável pelo caos que o mundo está vivendo.

Isso só acontece porque o PCC ainda existe, ainda controla aquele país com mão de ferro. A prioridade é o regime. Toda informação deve ser primeiro avaliada pelas autoridades. Verdades inconvenientes são descartadas.  É uma ditadura.

O PCC só existe porque nunca houve um esforço internacional de combate ao comunismo, apesar dos males que esta ideologia vem promovendo há um século no mundo.

Essa tolerância fortaleceu o regime mais assassino da história ao ponto de eles aprenderem a converter o capitalismo em favor do comunismo. Enquanto a esquerda ocidental cobrava mais e mais regulações econômicas em seus países, os comunistas da China convidavam as maiores corporações capitalistas do mundo a levar suas fábricas para lá, onde a mão de obra era baratíssima e não há nem sindicatos, nem leis trabalhistas.

Os comunistas chineses descobriam a fórmula para se fortalecerem e, em pouco tempo, começar a ditar as regras do mundo e impor suas vontades. Graças ao livre mercado, centenas de milhões de chineses saíram da miséria e hoje desfrutam de um bom padrão de vida. No entanto, as liberdades civis continuam sob forte controle estatal. A censura política, cultural, intelectual e de imprensa é onipresente. Discordantes são presos. Adeptos de outras religiões são perseguidos.

Até aí, isso seria um problema apenas dos chineses. Porém, como sabemos, o comunismo é essencialmente uma ideologia imperialista internacional, sobretudo contra os direitos individuais.

Creio que não preciso me estender sobre o poder econômico da China. No Brasil, controlam desde usinas hidrelétricas a veículos de comunicação. Noutros textos, já falei sobre o avanço militar do país em áreas marítimas de sua região e a ameaça cada vez mais frequente de invasão de Taiwan. Porém, é preciso que se registre aqui o nível do poder que os comunistas chineses conseguiram sobre diversas organizações internacionais. O caso da Organização Mundial da Saúde não é apenas exemplar, mas obsceno e criminoso.

Por dois meses, a OMS teve informações do avanço do coronavírus na China e em seguida no mundo. Em vez de críticas e cobrança de responsabilidade, a OMS esforçou-se em elogiar a ditadura comunista, chegando ao ponto de recomendar insistentemente que o mundo não fechasse suas fronteiras para os chineses.

Enquanto o regime chinês omitia informações, perseguia médicos e jornalistas, distribuía a outros países kits de testes do vírus que davam resultados errados, a Organização Mundial da Saúde comportava-se como uma agência de propaganda da ditadura comunista.

Como é que pode acontecer uma coisa desse tipo em pleno século 21?

E não é só isso!

O poder econômico do Partido Comunista Chinês consegue ainda impor censura na maior parte da política e da imprensa ocidental. Governos que estão atolados em problemas provocados pela pandemia provocada pela China não se permitem fazer uma única crítica ao país. A grande maioria dos partidos do Brasil defendem a China. A imprensa não permite que se fale nada contra aquele regime. Taiwan – o país que melhor soube lidar com a pandemia – ainda não tem sua independência reconhecida pela grande maioria das nações por pressão da China.

Devemos nos lembrar que, há menos de um ano, países europeus, organizações internacionais e grande imprensa cobrava responsabilidade do governo brasileiro sobre as queimadas na Amazônia, argumentando que elas colocavam a saúde do mundo em risco! O PT pediu sanções econômicas contra o Brasil! O presidente francês propôs a internacionalização da região, ou seja, de 60% do território brasileiro! A imprensa brasileira deu voz a todos que quiserem acusar Jair Bolsonaro de estar cometendo um crime como a humanidade. Hoje, não há uma fração dessa indignação contra os comunistas que permitiram ou estimularam a pandemia. Ninguém se refere a Xi Jinping como ditador.

O mundo não precisa apenas se unir para cobrar responsabilidade do governo chinês. Ele precisa se unir contra o comunismo. Não dá mais para ficarmos, em pleno século 21, assistindo a regimes como os de Cuba, da Coreia do Norte, da Venezuela e da China fazendo o que bem entendem, sem prestar contas e ninguém. Chega de ser tolerante com os intolerantes! O comunismo precisa ser criminalizado! Chega de anistias!

As verdadeiras democracias vão esperar que aconteça mais o que para agir?

Se a ditadura chinesa não for punida, muitos outros males serão feitos contra o mundo. Invadirão países vizinhos. Patrocinarão grupos terroristas e guerrilhas comunistas. Interferirão em eleições. Logo, ditarão as regras das relações internacionais e, não muito distante disso, as Constituições dos países.

A maior ameaça da China ao resto do mundo não é o corona vírus, mas seu modelo de regime, que conseguiu fazer do capitalismo a base para o totalitarismo.

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