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Chiquinho Brazão
Deputado Chiquinho Brazão (UNIÃO – RJ), preso como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL, Rio de Janeiro).| Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados

O caso Marielle finalmente chega ao fim. Ou assim parece. Afinal, no eterno loop da esquerda que virou gigolô do crime, explorando politicamente até o limite do absurdo a morte da vereadora do Psol, a pergunta agora é quem mandou os mandantes do crime assassinarem a ex-assessora de Freixo. A coisa nunca acaba, pelo visto.

Por longos seis anos, a turma petista tentou, de forma leviana e irresponsável, acusar Bolsonaro pela morte da vereadora. Muita gente passou a viver da exploração do crime, e a irmã de Marielle chegou a virar ministra de Lula só com base nesse “atributo”: ser a irmã da vereadora assassinada. Mas o desfecho do caso não alimentou a narrativa petista.

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), preso neste domingo (24) suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, integrou o governo do prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, até janeiro deste ano. Paes é um dos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na capital fluminense.

O Rio é um experimento social fracassado. Está nas mãos dos marginais faz tempo, e a política é uma extensão da coisa

Brazão ocupou o cargo de secretário da Secretaria de Ação Comunitária de outubro de 2022 a fevereiro deste ano como parte do acordo político articulado por Paes para a gestão municipal. O prefeito ainda não se pronunciou sobre as prisões deste fim de semana.

Não cabe aqui fazer inferências igualmente levianas e tentar apontar para o próprio PT. Mas vale destacar o grau de promiscuidade da política carioca, largada às traças, dominada pelo crime organizado, numa espécie de conluio que inclui desde corruptos até milicianos, passando por traficantes e bicheiros. O Rio está nas mãos dos marginais faz tempo, e a política é uma extensão da coisa.

O Rio é um experimento social fracassado. Tem malandro demais para otário de menos. Se o Brasil é o país do jeitinho, o Rio é sua capital. A esquerda do PSol sempre se criou no Rio, com votos da elite culpada do Leblon. As favelas são fortalezas do crime protegidas da polícia desde Brizola. Seis governadores recentes foram presos, além de um presidente da Alerj. Mas todos foram soltos, para comprovar a impunidade que campeia no estado.

Alguns conservadores temem – com razão – que o Brasil se torne uma espécie de Venezuela. Com o consórcio PT-STF-imprensa fazendo de tudo para perseguir e censurar a direita, isso é bem possível mesmo. Mas talvez um estágio intermediário devesse assustar mais o brasileiro, pela alta probabilidade de ocorrer logo: o Brasil se tornar uma espécie de Rio em larga escala.

Em 2014, quando Dilma foi reeleita, eu decidir sair do Brasil. “Fugir” talvez seja o termo mais adequado. Mas era do Rio que eu estava fugindo, acima de tudo. O excesso de “malandragem” me incomodava a ponto de tornar o ar que eu respirava espesso demais. Cheguei a escrever um livro com cerca de um ano de Estados Unidos, justamente sobre o alto custo da nossa malandragem, numa comparação com a sociedade americana.

O caso Marielle Franco nos lembra da podridão que tomou conta da política carioca. A esquerda caviar dominou a cultura do estado, os corruptos tomaram conta da política, e o caos impera, com o cidadão se adaptando e banalizando o absurdo. Mas nada no Rio é normal, tampouco deveria ser enaltecido. O Rio deu errado. É linda a sua natureza, não resta a menor dúvida. Em compensação, uma elite alienada conseguiu destruir um dos locais mais belos do planeta. É triste demais...

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