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Chatice universal
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As novas gerações parecem cada vez mais frágeis, ou assim são tratadas pelos adultos, que deveriam rever tal postura. Basta pensar nos universitários que passaram a demandar “espaços seguros” e “gatilhos de alerta” contra “microagressões”, num ambiente em que deveria prevalecer o debate caloroso de ideias. Os “flocos de neve”, assim, ficam despreparados para a vida lá fora, o mundo real, um tanto hostil.

Como argumentam Greg Lukianoff e Jonathan Haidt em “The Coddling of the American Mind”, as boas intenções moldadas por ideias ruins têm preparado as novas gerações para o fracasso. Os filhos devem ser preparados para a estrada da vida, não o contrário.

Infelizmente, cada vez mais gente quer moldar o mundo de forma a torna-lo suave e confortável para todos, o que é não só uma pretensão insana, como uma receita certa para a chatice. E pior: uma chatice universal!

A agência espacial Nasa anunciou esta semana que irá revisar o nome de objetos cósmicos, como planetas, galáxias, nebulosas e estrelas, para não usar mais “apelidos preconceituosos”. O primeiro caso identificado e que não será mais utilizado pela agência é o da "nebulosa esquimó", a NGC 2392, restos de uma estrela parecida com o Sol. A palavra "esquimó" é vista como um termo antigo com uma história racista, usado de forma imposta contra indígenas das regiões árticas.

Parece piada, mas é sério. O grau de afetação chegou ao espaço! Podemos inferir que o “buraco negro” será o próximo da lista. Quando adultos, cientistas sérios!, cedem dessa forma à histeria afetada do politicamente correto, fica mais fácil entender por que jovens rebeldes derrubam estátuas como se fossem guerreiros da liberdade, não vândalos mimados.

"Nosso objetivo é que todos os nomes estejam alinhados com nossos valores de diversidade e inclusão”, alegou um dos responsáveis pela decisão covarde. Nesse afã de “incluir” todos e garantir a “diversidade”, só não resta mesmo lugar para o homem branco heterossexual cristão: esse é o pária da humanidade, ícone do patriarcado ocidental terrível, que por acaso foi a civilização que mais avançou na... ciência e diversidade!

Artigo originalmente publicado pelo ZeroHora

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