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Chile precisa de uma Thatcher, não de um Macron
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O Ministério da Defesa do Chile convocou reservistas das Forças Armadas para ajudar o patrulhamento e revezar as tropas mobilizadas com a imposição do estado de emergência em diversas regiões do país desde o último sábado. Os militares voltaram às ruas do Chile pela primeira vez desde o fim da ditadura em função dos protestos deflagrados pelo reajuste das passagens do metrô de Santiago, e cujas demandas se ampliaram para reformas sociais e econômicas .

Vamos com calma. Protestos, no caso, deveria estar entre aspas, e o aumento no metrô, como ficou claro, era só um pretexto. Assim como as demandas para reformas sociais. O Chile é um país estável, com instituições mais sólidas, bons dados macroeconômicos. Os jovens, manipulados por esquerdistas radicais, querem é uma revolução violenta.

Por isso o tom da reportagem do GLOBO é inadequado: "Mesmo o anúncio de uma Agenda Social pelo presidente Sebastián Piñera na noite de terça não foi suficiente para encerrar as manifestações, já que os manifestantes pedem justamente o fim do estado de emergência e da intervenção dos militares na segurança pública". Balela! Os "protestos" tendem a aumentar por conta da postura acovardada do presidente.

Até aqui, 18 já morreram, incluindo criança. Mas a esquerda acha um absurdo colocar os militares nas ruas?! A medida foi criticada pela oposição. O deputado da agremiação esquerdista Revolução Democrática (sic), Miguel Crispi, publicou o decreto de convocação, datado da última segunda-feira, dia 21, em sua conta no Twitter e comentou: “Esta informação é muito delicada, e muito preocupante. É o decreto mediante o qual se está chamando ao serviço ativo as reservas do Exército. O governo deve dar conta desta informação. Não estamos em guerra.”

Não? A declaração de Sebastian Piñera no começo da confusão, de que o Chile estava em guerra, era mais acurada do que a tentativa patética de justificar os revoltosos nas ruas: "É verdade que os problemas se acumulavam há décadas, e que os vários governos não foram, nem nós fomos, capazes de reconhecer essa situação em toda sua magnitude. Reconheço e peço perdão por essa falta de visão". Essa fala é uma vergonha, pois legitima a baderna dos rebeldes sem causa!

Reparem como a esquerda radical fica assanhada no continente todo. O sociólogo Boaventura dos Santos alertou (ameaçou?) que esses protestos poderiam chegar ao Brasil também, por conta do "neoliberalismo" de Bolsonaro. A deputada do PSOL acha que a reforma previdenciária aprovada pelo Congresso segue os moldes chilenos e, por isso, também pode atrair o mesmo tipo de protesto:

Pedro Fernando Nery já derrubou as falácias da deputada socialista, uma a uma num total de dez. João Luiz Mauad comentou: "Essa moça é deputada federal pelo PSol. Testemunhou in loco todas as discussões e debates sobre a reforma da previdência. Não pode alegar desconhecimento ou má informação. Então, de duas, uma: ou é desonesta ou inepta para o cargo que ocupa. Você escolhe, conforme a sua boa vontade com ela..."

Diante de tanta estupidez, ou malícia, alguém acha mesmo que essa gente precisa de um motivo legítimo para tocar o terror? Estão sempre em busca de um pretexto!

É por isso que a tentativa de Piñera de acenar para essa turma está fadada ao fracasso. Se der uma mão, vão demandar o braço. Quem sabia lidar com gente assim era Reagan e Thatcher. Esta teve a coragem de endurecer com os grevistas carvoeiros, que tentavam espalhar o caos pelo país por pautas ideológicas e políticas. Era a revolução sindicalista reagindo às reformas liberais.

Macron não sabe lidar com os "coletes amarelos", pois é frouxo, "progressista". Será uma pena para o Chile se o presidente se inspirar mais no francês do que na britânica. O Chile precisa de uma Thatcher, não de um Macron!

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