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President Donald Trump delivers his State of the Union address to a joint session of Congress on Capitol Hill in Washington, as Vice President Mike Pence and Speaker of the House Nancy Pelosi, D-Calif., watch, Tuesday, Feb. 5, 2019. (AP Photo/Carolyn Kaster)
President Donald Trump delivers his State of the Union address to a joint session of Congress on Capitol Hill in Washington, as Vice President Mike Pence and Speaker of the House Nancy Pelosi, D-Calif., watch, Tuesday, Feb. 5, 2019. (AP Photo/Carolyn Kaster)| Foto: AP

Nancy Pelosi, que deve estar na política há uns 439 anos, fala com certa dificuldade, mas ainda é capaz de destilar cinismo. Perguntada sobre um eventual arrependimento se essa história toda de impeachment se voltar contra os democratas a ajudar a reeleger Trump, a líder da Câmara disse que não age com base em cálculo político, mas sim por puro patriotismo (risos).

Pelosi disse que o que Trump supostamente fez foi muito pior do que aquilo que Nixon fizera e culminou no Watergate. Mas ela foi incapaz de apontar de forma objetiva os crimes. Os democratas querem o impeachment de Trump desde o primeiro dia de governo. Alguns já falavam nisso antes mesmo de o republicano tomar posse. Querem pegar Trump e estão à espera de um pretexto.

Apostaram pesado, com apoio da mídia, no tal "conluio" com os russos por dois anos. Depois de milhões de dólares gastos do pagador de impostos no processo, e sem nada concreto, mudaram o discurso para a "obstrução" da justiça. Sem respaldo nos fatos, encontraram nessa conversa com o presidente ucraniano uma nova esperança.

Mas nada que foi revelado denota um quid pro quo criminoso, em que Trump usa a ajuda militar para exigir, em contrapartida, perseguição ao seu adversário político. O presidente americano pressionava pelo combate à corrupção no país, usando como alavancagem a ajuda financeira, o que é prática comum e legítima na geopolítica.

Desesperados, os democratas convocaram "especialistas" para depoimentos no Capitol Hill. Um deles tinha um artigo publicado no NYT em que suavizava a Sharia, a lei islâmica. A outra tinha feito uma declaração de que, certa vez, cruzou a rua só para não ficar do mesmo lado na calçada de um hotel Trump. Imparcialidade em pessoa!

O circo todo pegou muito mal, e o público perdeu o interesse no impeachment. Já percebeu se tratar de uma armadilha, de uma tentativa de desgastar Trump na véspera das eleições, pois os pré-candidatos democratas são todos péssimos ou radicais. O truque pode ter um efeito bumerangue, portanto, e acabar ajudando a reeleição de Trump, até porque uniu o Partido Republicano. Um tiro no pé, enfim. Comentei sobre o assunto no Jornal da Manhã hoje:

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