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Acordei cedo hoje, como de costume, e vi que tinha uma mensagem do Vini, da Jovem Pan. Ele perguntava se eu poderia participar do Morning Show, pois o Adrilles estava se sentindo mal. Quarta é um dia bem puxado, pois escrevo minha coluna diária aqui, a coluna semanal da revista Oeste, participo normalmente do Opinião no Ar na RedeTV, depois do Pânico e do 3em1 na própria Jovem Pan, e ainda faço a live TudoConsta no meu canal. Mas disse que tudo bem, faria o programa.

Por problemas técnicos não foi possível a minha participação, porém. Pau na máquina. Enquanto eu aguardava, tive que ouvir - sem poder rebater - as baboseiras do Joel Pinheiro. Em situações normais eu não acompanho esse programa. No fundo, não faz tanta diferença escutar o Joel, pois já encaro a Amanda Klein duas vezes por dia, e passei a chamar a oposição esquerdista ao governo de "Smiths" do Matrix, dada a semelhança entre todos eles. São indistinguíveis, pois só repetem os mesmos clichês.

Como fiquei sem tempo para peneirar outras pautas, aproveito o espaço para rebater as ladainhas ditas por Joel - e que são as mesmas da minha colega de bancada. O tema era a fala de Bolsonaro sobre a TCU, e ambos aproveitaram para repetir que o presidente é uma máquina de Fake News. Será? Em primeiro lugar, ele mesmo reconheceu o erro, algo já louvável e que raramente vemos na mídia - essa sim a maior máquina de mentiras que já vi. Em segundo lugar, parece haver um relatório, ainda que não oficial, de um auditor da TCU, ou seja, não era algo inventado do nada.

Mas eis o que realmente importa: há motivos para desconfiar de números supernotificados sim. O mecanismo de incentivos é perverso e isso o próprio TCU reconheceu oficialmente. Prefeitos e governadores que inflassem a quantidade de mortes receberiam mais recursos. Hospitais também. No mais, todos conhecemos casos "isolados", as tais evidências anedóticas. Não é prova científica, sem dúvida, mas acende o alerta. Muita gente teve a causa da morte colocada na Covid e os parentes discordaram.

Definir a causa mortis não é moleza. Existe espaço para dúvidas legítimas. Afinal, morre-se de mais de um fator isolado. E aqui entra o xis da questão: muita gente que morreu com Covid passou a fazer parte da narrativa de que se morre de Covid. Mas existe uma diferença. Se o sujeito tem mais de 80 anos, comorbidades, contraiu o vírus e veio a falecer, não parece igual ao caso do humorista Paulo Gustavo, jovem, saudável e que pelo visto teve mesmo complicações derivadas do vírus.

Além disso, há o aspecto da testagem: todos os óbitos colocados na conta do Covid foram mesmo testados da forma mais rigorosa? Sabemos que há o falso positivo em testes mais rápidos, por exemplo. Enfim, são questões legítimas para quem quer debater de verdade sobre o assunto, sem politização e com ciência. Não é o caso de Joel, como não é o de Amanda. Ambos claramente só pensam em detonar o presidente para fazer oposição por oposição, movidos por ideologia ou outra coisa qualquer que não a busca pela verdade.

Diante disso, vamos para a segunda pauta, a CPI circense. Como podem levar a sério Renan Calheiros?! Aliás, elo com a primeira pauta: Renan trocou seu nome pela suposta quantidade de mortes causadas pelo vírus chinês, o que já demonstra a demagogia e o sensacionalismo dessa turma. É tudo para jogar para a plateia com fins eleitorais. Ou alguém vai defender a sério que Renan Calheiros está preocupado com cada vida perdida na pandemia?!

A demonização da Copa América talvez tenha sido o ápice da hipocrisia num show de canalhices. Só porque dá para condenar uma decisão do presidente é que falam em "Copa da Morte", enquanto outros jogos acontecem normalmente. Acusam Bolsonaro de "negligência criminosa" por ter diminuído os riscos da pandemia, ignorando que a Argentina, com um presidente lulista que adotou o lockdown e foi elogiado por nossa esquerda por "seguir a ciência", coleta números tão ruins em termos de morte por habitante e muito piores na economia. O Uruguai vacinou muito mais e tem tido mais morte per capita. Fatos que incomodam e por isso são deixados de lado.

Depois insistem nessa coisa de comparar Hidroxicloroquina ou Ivermectina com veneno, repetindo que só no Brasil se fala nisso. Fake News. Na Índia, novo estudo mostra eficácia do tratamento, e nos Estados Unidos médicos defendem os remédios, denunciando sua politização. A esquerda também mistura a ausência de comprovação "de ouro" da eficácia com haver ineficácia comprovada, o que é nova Fake News. Para nove em cada dez remédios usados em doenças cardiovasculares não há o teste padrão ouro exigido para esses remédios, por pura politicagem.

Por fim, essa gente se mostra indignada com o fato de o ministro Queiroga não agir como censor do presidente, ignorando que é o presidente o chefe, e não o contrário. Não adianta: a oposição não quer aceitar que o presidente é o chefe e tem autonomia para montar sua equipe. Ele foi eleito para isso. É que o presidente é Bolsonaro, e essa turma ainda não aceitou o resultado das urnas.

Infelizmente não existe ainda vacina para a hipocrisia de quem vem politizando essa pandemia de olho em eleições. Mas o público fora da bolha está cansado de tantos clichês repetitivos...

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