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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Análise enviesada

Comparar o nacionalismo de Trump com “modelo chinês” é má-fé

Trump pressiona algumas empresas a investir no próprio país, dentro de sua visão geopolítica, (Foto: AARON SCHWARTZ/EFE/EPA)

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Trump tem certamente uma pegada nacionalista. Ele tem usado as tarifas para suas negociações comerciais, o que gera alguma dúvida nos mais desatentos de que ele não passa de um protecionista. Ele pressiona algumas empresas a investir no próprio país, dentro de sua visão geopolítica, o que pode suscitar a desconfiança de que pretende controlar decisões empresariais. Mas daí a concluir que o modelo em mente é o chinês vai uma longa distância...

Aquela que separa analistas sérios do Estadão, um jornal tucano que simplesmente odeia Trump. Em seu editorial de hoje, o jornal usa o liberal Hayek já no título, para alertar que os Estados Unidos seguem no "caminho da servidão". Nesta quinta-feira, o mesmo Estadão reproduziu com orgulho a "reportagem" da The Economist que conclui que o Brasil alexandrino dá lições democráticas aos Estados Unidos, uma piada pronta!

Diz o jornal: "À luz das evidências históricas, as políticas comerciais e industriais de Trump só podem ser descritas como uma espécie de masoquismo econômico. A crença de que tarifas protegem empregos foi desmoralizada repetidas vezes. Elas encarecem insumos, corroem margens de lucro e destroem mais postos de trabalho do que geram. A ilusão de que o governo pode cultivar indústrias 'estratégicas' com subsídios e participação acionária já produziu fiascos memoráveis, de fábricas fantasmas a empresas zumbis sustentadas apenas por favores políticos".

Quem ainda não entendeu que Trump não quer subir tarifas em geral, mas sim utilizar a ameaça de maiores tarifas para conseguir justamente um mundo mais livre e justo, precisa reavaliar suas análises

Quem ainda não entendeu que Trump não quer subir tarifas em geral, mas sim utilizar a ameaça de maiores tarifas para conseguir justamente um mundo mais livre e justo, precisa reavaliar suas análises à luz dos fatos, não da ideologia ou do ódio. Mas o Estadão não consegue fazer isso quando se trata de Trump, pois o odeia quase tanto quanto Jair Bolsonaro. Daí que a conclusão do jornal é que Trump é uma mistura de Bernie Sanders com Xi Jinping! É rir para não chorar...

Enquanto isso, alheio a todos os alertas catastrofistas do jornal tucano, o mercado financeiro segue otimista, e o S&P 500 está simplesmemte em seu "all time high", ou seja, na máxima histórica. O jornal pode ganhar muito dinheiro se colocar suas ações onde estão suas palavras e apostar contra tudo e todos. É só vender América e partir para o abraço quando tudo desmoronar...

Ou então o jornal pode, se sua previsão continuar a se mostrar equivocada, admitir o erro da análise e concluir de uma vez por todas que sofre da Trump Derengement Syndrome, aquela patologia que acomete nove em cada dez tucanos.

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