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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante sessão do Congresso Nacional para promulgação da emenda constitucional (103/2019) da reforma da Previdência
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante sessão do Congresso Nacional para promulgação da emenda constitucional (103/2019) da reforma da Previdência| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A comissão do Congresso responsável pelo Orçamento aprovou nesta quarta-feira (4) relatório preliminar que aumenta para R$ 3,8 bilhões o fundo eleitoral em 2020. Para inflar os recursos das campanhas municipais, o Congresso prevê cortes em saúde, educação e infraestrutura.

O governo Jair Bolsonaro desejava destinar R$ 2 bilhões para custear as disputas locais. Porém, presidentes e líderes de partidos que representam a maioria dos deputados e senadores articularam a elevação do valor do fundo em R$ 1,8 bilhão.

O aumento do financiamento eleitoral só foi possível após a redução nas despesas de diversos ministérios, que afetou mais áreas com impacto social, disseram à Folha técnicos do Congresso e do governo. O corte foi de R$ 1,7 bilhão. Desse montante, os maiores foram em saúde (R$ 500 milhões), infraestrutura e desenvolvimento regional (R$ 380 milhões), que inclui obras de habitação, saneamento. A redução em educação chegou a R$ 280 milhões.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sustenta que a ampliação do fundo precisa ser explicada para a população. "Nas democracias, as eleições precisam ser financiadas, e o financiamento privado está vedado. É preciso construir no financiamento público, mas tem de se verificar o valor e de onde virá o recurso para que a sociedade compreenda com o mínimo de desgaste possível para o Congresso", disse Maia.

Apesar das críticas de partidos que representam a minoria do Congresso, líderes do centrão continuaram a defender a expansão dos recursos públicos para custear as campanhas eleitorais. "Um fundo de R$ 2 bilhões não é suficiente para que todos os candidatos da próxima eleição possam apresentar suas propostas", afirmou o líder do PL na Câmara, Wellington Roberto (PB).

É muita cara de pau! Isso é uma vergonha, uma indecência! Num momento em que todos estão tendo de cortar na carne, abolir privilégios, reduzir gastos uma vez que o estado quebrou, os "bichos do pântano" querem praticamente dobrar o gasto com campanha! Quase quatro bilhões de reais para financiar eleições!

O único partido realmente fora dessa mamata, que envolve quase todos, é o Novo, que se recusa a tocar no fundo partidário e eleitoral. Partidos devem ser financiados por indivíduos que acreditam em seu programa, suas propostas, sua visão de mundo.

A estatização partidária, mantendo o controle privado sobre os partidos, criou um monte de sigla de aluguel, desprovidas de qualquer nexo programático. É puro fisiologismo, um negócio lucrativo, bancado com os impostos do seu José e da dona Maria. E para escárnio total: em nome do seu José e da dona Maria, como se o intuito fosse beneficiar o povo!

Depois os políticos não entendem a credibilidade baixa do Congresso e o sentimento de revolta se espalhando pela sociedade, com o risco de entornar o caldo da indignação cedo ou tarde. Estão brincando com o fogo revolucionário...

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