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Rodrigo Constantino

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Jornalismo

Credibilidade perdida

(Foto: Unsplash)

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Um trecho do jornal da RBS, afiliada da Globo no sul, viralizou nas redes sociais hoje cedo. O apresentador chama as manchetes dos principais jornais e, quando aparece a primeira, do Zero Hora, ele começa a ler e simplesmente para no meio. O destaque era o rombo fiscal deixado pelo PT em seu primeiro ano de governo.

Muita gente fez a leitura apressada: o apresentador não gostou da notícia negativa e, por fatores ideológicos ou alinhamento ao governo, interrompeu a leitura. Não foi isso que aconteceu. A chamada era do dia anterior, e como ele mesmo havia feito a leitura um dia antes, percebeu o erro e parou no meio, para que os produtores pudessem puxar as manchetes do dia certo.

Por conta desse partidarismo visível, o público cada vez mais enxerga o "jornalismo profissional" dos principais veículos de comunicação como manipulação da realidade

Erros acontecem em toda profissão. No jornalismo também. E, quando acontece, o certo é admitir e seguir em frente. Mas há uma reflexão necessária por parte da mídia aqui: quando imediatamente uma enorme multidão assume que não foi erro casual, e sim intencional para proteger o governo, então a credibilidade do jornalismo está em xeque e isso é muito ruim.

Foi o caso de Daniela Lima na Globo News no dia anterior. Daniela afirmou que a Polícia Federal apreendeu um computador da Abin com Carlos Bolsonaro, o que a própria PF já negava àquela altura. A notícia teve forte repercussão, e a emissora teve de soltar nota de correção depois. Era uma Fake News.

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Várias jornalistas, imbuídas do espírito de corpo, saíram em defesa de Daniela Lima. Foi um erro "bobo", que não afetou a "essência" da notícia, e ela teve a "dignidade" de reconhecer o deslize. Mas para o público esse corporativismo não serve, pois escancara justamente o duplo padrão da velha imprensa.

É a mesma turma, afinal, que não poupa munição quando é para acusar "blogueiros bolsonaristas" de espalhar Fake News. Já Daniela Lima é alguém que dá um "BOMMMMM DIA" enfático quando é para anunciar a operação da PF contra a família Bolsonaro, ou que lamentava ter que dar boa notícia de economia durante seu governo. É viés partidário puro, inegável.

E eis o ponto central aqui: por conta desse partidarismo visível, que a imprensa tenta mascarar, o público cada vez mais enxerga o "jornalismo profissional" dos principais veículos de comunicação como manipulação da realidade para empurrar uma agenda ideológica e partidária, para perseguir a direita e proteger a esquerda. Seriam militantes disfarçados de jornalistas isentos e imparciais. E essa percepção está correta: com raras exceções, a mídia virou mesmo assessoria de imprensa do PT e do STF.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

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