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Rodrigo Constantino

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Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Direita

Bolsonarismo sem Bolsonaro?

Bolsonaro anistia brasília caminhada ato, manifestação
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) (Foto: EFE/ Isaac Fontana)

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O sonho da “direita limpinha” é manter o eleitor bolsonarista enquanto se livra de Jair Bolsonaro e seus “brucutus”. Numa mistura que vai de liberais a socialdemocratas, o que essa gente tem em comum é o desprezo pelo estilo bolsonarista. Sem compreender que estamos numa guerra contra comunistas e corruptos, essa elite “refinada”, que “usa talher”, quer uma postura mais tolerante para com a esquerda. Porque, no fundo, não se trata de direita...

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Alguns governadores já tinham iniciado um movimento de olho em 2016, para ocupar o espaço no caso de Jair Bolsonaro continuar inelegível. Um deles, porém, chegou a elogiar o STF e rechaçar a ideia de que vivemos um estado de exceção! Ora, como levar a sério uma direita que rejeita a premissa mais relevante da política nacional dos dias de hoje?

Em suma, o sonho dos caciques do sistema e dos tucanos em geral é manter o rótulo “direita” enquanto elimina do jogo político a direita, i.e., a volta do teatro das tesouras. Essa gente é capaz de tentar vender Eduardo Leite como representante da direita!

O recém movimento de Michel Temer soa oportunista para surfar nessa onda dos governadores, que por sua vez já soa oportunista – e ignora que Jair Bolsonaro pode indicar sua mulher Michelle Bolsonaro como candidata, em vez de Tarcísio de Freitas ou alguém ainda mais tucano. O Estadão tucano ficou animado: “O movimento de Temer pode consolidar o que se espera de uma direita adequada aos novos tempos: democrática, republicana, moderada, qualificada e liberal – tudo o que o bolsonarismo não é”.

O nojinho que o Estadão sente por Bolsonaro turva sua razão, sua capacidade de análise minimamente imparcial. Temer foi o vice de Dilma Rousseff, do PT. Foi ele quem indicou Alexandre de Moraes para o STF, o caçador de conservadores. Se isso é um ícone da direita “democrática e republicana”, então melhor nem ter inimigos ideológicos! O Estadão quer uma "direita" que, na prática, não tem nada de direita.

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Mas o que esperar de um jornal que chamou de “infame” a festa dos ditadores liderada por Putin, em que Lula se sentia em casa (e ponto de falar em usinas nucleares e ter a transmissão cortada)? Infame é o esforço do Estadão em fingir que isso não era esperado. Coisa de sonso. Devemos fazer um minuto de silêncio para tucanos “descobrindo” quem é o Lula, depois de décadas bajulando os piores tiranos do mundo. Só por que eles ajudaram a recolocar o ladrão autoritário na cena do crime…

Em suma, o sonho dos caciques do sistema e dos tucanos em geral é manter o rótulo “direita” enquanto elimina do jogo político a direita, i.e., a volta do teatro das tesouras. Essa gente é capaz de tentar vender Eduardo Leite como representante da direita! Como disse Fabio Wajngarten sobre o esforço de Temer, é pura “palhaçada”. E não vai colar. O eleitor está atento e não cai mais nesse truque barato. O conservador quer um conservador o representando. Aquele que o Estadão chama de “radical”...

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